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Presidente da Câmara de Arganil critica regras que levam concelho a dar passo atrás no desconfinamento

A Câmara de Arganil criticou hoje as regras que determinam o recuo do concelho no processo de desconfinamento, mas salientou que a decisão não terá reflexo na passagem do Rali de Portugal pelo município.

 “Era importante termos bem em atenção a realidade demográfica de concelhos como o de Arganil. Estamos a falar de cerca de 65 casos num território com 332 quilómetros quadrados e 11 mil habitantes”, afirmou o presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa, que falava aos jornalistas em Coimbra, no final da assinatura do contrato-programa de apoio à realização do Rali de Portugal, que vai passar pela região Centro.

Para o autarca, o Governo e as autoridades de saúde deveriam considerar também o índice de transmissibilidade, considerando que para a decisão do recuo no desconfinamento essa componente não foi tida em atenção. “É pena que esse exercício não tenha sido feito, porque chegariam facilmente à conclusão de que a situação de Arganil resulta de surtos a nível das escolas, em que dos casos que temos mais de metade são de crianças até dez anos [..]. A situação está restrita, está identificada e está contida”, disse.

Apesar de a decisão ser contestada pelo município, Luís Paulo Costa frisou que o recuo não terá “nenhum reflexo nem prejudica em nada aquilo que acontece no Rali de Portugal”, que vai passar por Arganil no dia 21. “As regras para a prova já foram definidas pela DGS [Direção-Geral de Saúde] e consideram, como é natural, uma redução significativa de pessoas, nas zonas de público”, frisou, salientando que quem conhece o território de Arganil sabe que seria “impensável um exercício de proibição total, porque isso não iria resultar”.