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Presidente da Câmara de Condeixa e líder da distrital de Coimbra do PS vai ser julgado

Nuno Moita, líder da distrital de Coimbra do PS

Olíder distrital do PS/Coimbra e presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova vai ser julgado sob acusação de participação económica em negócio, crime alegadamente cometido quando era administrador do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (2009-12), avençou a revista Sábado

Nuno Moita, ex-gestor do IGFEJ, está sob suspeita de ter intervindo numa decisão para atribuição de obras por ajuste direto a uma empresa de Condeixa, cuja gerência é exercida por Armindo Marto.

Além do Instituto e do antigo administrador, são igualmente coarguidas outras cinco pessoas, entre elas dois funcionários do IGFEJ no triénio 2010-12 (intervenientes em júris de concursos de empreitadas), adianta ainda a revista.

No outono de 2019, depois de lhe ter sido deduzida acusação pelo Ministério Público (MP), o autarca de Condeixa-a-Nova ganhou uma ‘batalha’, entretanto perdida, ao ver ser proferido despacho de não-pronúncia pelo Tribunal Central de Instrução Criminal.

Acontece que o MP recorreu para o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), cujo acórdão no sentido da ida a julgamento do antigo administrador é definitivo em matéria de decisão instrutória, sem embargo de o autarca continuar a desfrutar da presunção de inocência. Enquanto um juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal chamado a escrutinar a peça acusatória da autoria do MP concluiu pela probabilidade de absolvição de Nuno Moita (em caso de julgamento), duas desembargadoras do TRL inclinaram-se para a outra hipótese, refere a Sábado.

Na sua página do Facebook, Nuno Moita, diz que a propósito da notícia da sábado, “não posso acobardar-me no silêncio permitindo que o meu bom nome continue a ser usado com o único propósito de denegrir a minha imagem pessoal”.

Adiantando que “como é sabido de há muito a esta parte e referi na apresentação da minha candidatura, durante este mandato fui acusado de ter favorecido duas empresas de obras públicas de Condeixa durante o tempo em que fui vice-presidente do Instituto de Gestão Financeira e Infraestruturas da Justiça (dez.2009-Nov.2012), num processo que, incompreensivelmente, se arrasta desde 2013”.

Na fase de instrução “fui despronunciado pelos crimes de que o Ministério Público (MP) me havia acusado, por entender o senhor doutor juiz Carlos Alexandre, conhecido pela sua exigência e rigor, não haver indícios que comprovem tais acusações”.

“Usando de legítimo poder”, o MP recorreu, o que “me possibilitará agora defender-me em julgamento, que espero tão breve quanto possível”, frisa.

“Apesar do desgaste que estas situações sempre acarretam, não podia estar mais tranquilo e até satisfeito por poder, finalmente, rebater cada uma das acusações de que fui vítima e defender a minha honra, encerrando definitivamente este capítulo”, sublinha.

.”Confio na Justiça portuguesa e estou certo de que, em julgamento, serei absolvido, provando cabalmente que nada fiz que possa configurar qualquer ilegalidade”, afirma ainda Nuno Moita.

“Dito isto, permitam-me continuar a trabalhar pela minha terra, sendo certo que nada nem ninguém me fará esmorecer a coragem e a confiança para, nos próximos quatro anos, continuar a fazer de Condeixa um lugar de futuro, um concelho onde dá mesmo gosto viver”, conclui.