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Presidente da Câmara de Poiares rejeita que exista consenso para requalificação do IP3

Presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares

O Município de Vila Nova de Poiares rejeita a existência de um consenso sobre a solução para o Itinerário Principal n.º 3 (IP3) apresentado em julho pelo Governo e que exclui o perfil de autoestrada.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares defende que a “ligação entre Coimbra e Viseu deve ser em perfil de autoestrada embora, naturalmente, não se oponha a qualquer intervenção no atual traçado que consista na melhoria da segurança dos utentes”.

Contudo – reafirma – a solução apresentada pelo Governo em julho “não vai resolver o problema de fundo do IP3, tão pouco dos concelhos servidos por aquela infraestrutura”.

Para o autarca eleito pelo PS, o IP3 é o “único itinerário principal do país com elevado volume de tráfego que não tem perfil de autoestrada em toda a sua extensão. As cidades de Coimbra e Viseu merecem e justificam a ligação em autoestrada. Trata-se também de uma ligação estruturante para a região e para o país”.

Vila Nova de Poiares, juntamente com um conjunto de concelhos da região, defende a “autoestrada, bem como um traçado a sul do rio Mondego, que contribua para uma maior e mais equilibrada equidade territorial” através do desenvolvimento económico e social.

João Miguel Henriques reafirma que os autarcas têm vindo a ter “voz ativa na discussão e defesa desta solução, por acreditarem que a mesma se possa traduzir numa mais-valia para a região e uma solução segura para esbater as dificuldades de mobilidade existentes neste território”.

Frisa ainda que são “muitas as dificuldades que afetam os concelhos desta região em termos de acessibilidades. Exemplo disso é a total ausência de intervenção na EN-2 no troço entre Vila Nova de Poiares e Penacova por parte da IP (Infraestruturas de Portugal), que está completamente ao abandono mas que é a principal ligação de Poiares e da sua zona industrial ao IP3 e, por conseguinte à fronteira”.

Crítica também o “esquecimento a que tem sido dotada a EN17 – estrada da beira – que não responde às atuais necessidades destes municípios e das suas populações, afastando-os cada vez mais da capital de distrito”.

Na sua opinão, “Coimbra deveria assumir um protagonismo diferente na região, reclamando para si a responsabilidade de liderar a região centro e reivindicar acessibilidades condizentes com esse estatuto, nomeadamente a ligação por autoestrada à fronteira com Espanha já que é uma das poucas capitais de distrito do país que não usufrui dessa realidade”.