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Programa “Primeiro Direito” vai apoiar 826 famílias em Coimbra

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, disse hoje em Coimbra que o Estado falhou e abdicou mesmo de assegurar o direito constitucional à habitação de todos os portugueses.

“A verdade é que na habitação nós falhámos ao longo de décadas”, afirmou Pedro Nuno Santos, que participava, em Coimbra, na cerimónia de assinatura e homologação de um acordo de colaboração no âmbito da Estratégia Local de Habitação do município.

Na sua opinião, o nível de insuficiência de respostas na habitação social, um pouco por todo o país, radica num “grande preconceito” que houve ao longo de décadas quanto ao papel do Estado nesta área.

“Assinamos hoje o acordo de colaboração no âmbito do Primeiro Direito com o Município de Coimbra, para dar resposta a 826 famílias a viver em condições indignas”, frisa.

No seu entender “só somos cidadãos plenos com um lar em condições. O preço da habitação continua a aumentar para lá do rendimento das nossas famílias. O primeiro problema a ser atacado é o das famílias mais carênciadas”.

Coimbra tem “aqui um esforço de mais de 30 milhões nesta ELH que pode ser financiado a 100% fundo perdido. Mas não podemos perder de vista um outro drama em crescimento: a dificuldade de acesso à população de rendimentos intermédios à Habitação. No PRR temos cerca de 700 milhões de euros para arrendamento acessível. Temos de conseguir fazer na habitação o que depois do 25 abril Portugal conseguiu fazer na saúde e educação”, conclui.