O Projeto “Celeste” – luminária pública para a prevenção da poluição luminosa, concebido por um consórcio liderado pela Universidade de Aveiro, em parceria com Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra e o Instituto de Telecomunicações, foi distinguido no 4º concurso do “Programa Promove o Futuro do Interior”, dinamizado pelo BPI, a Fundação La Caixa e a Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Segundo explicou Rui Simão, vereador da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, trata-se de um “projeto-piloto divido em três fases”, que consiste no desenvolvimento, prototipagem e fabricação de luminárias capazes de “garantir a adequada iluminação pública, mas ao mesmo tempo com caraterísticas em termos de eficiência de luz que salvaguardem a qualidade de observação do céu noturno”.
A primeira fase do projeto compreende a “investigação das circunstâncias associadas à iluminação pública e à poluição luminosa”, sendo que na fase seguinte decorrerá a “prototipagem dos conceitos científicos”. Para o efeito, detalhou Rui Simão, será construído um “protótipo em contexto laboratorial”, na Universidade de Aveiro, “numa relação entre o departamento de comunicação e arte e o departamento de engenharia mecânica com o apoio do instituto de telecomunicações”.
Por fim, está prevista a produção de uma pré-série de 12 unidade iniciais, em Pampilhosa da Serra, através da montagem de um “projeto de produção industrial”, sendo que será ainda monitorizado “aquilo que é o real impacto em termos de iluminação pública e salvaguarda do céu noturno”, observou o Vereador da Câmara Municipal.
No caso de se verificarem “bons resultados”, como esperado, entrar-se-á numa fase de expansão, não apenas da produção, mas também da aplicação destas luminárias noutros lugares.
Rui Simão, constatou ainda que “esta luminária tem esse símbolo que é convocar as entidades com responsabilidade em Portugal para apostarem na Pampilhosa da Serra”, um território “capaz de se relacionar com a ciência, a tecnologia e a inovação ao mais alto nível”. Mais importante do que o prémio para este projeto, fixado em 200 mil euros, está a “afirmação desta aposta que o Município tem vindo a fazer na relação com o céu”, quer na dimensão científica, quer dimensão turística, “de explorar cada vez mais e construir o produto de astroturismo e aquilo que é a relação com a noite”, concluiu o autarca.