De acordo com a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se, para as próximas 48 horas, precipitação, por vezes forte, vento e queda de neve, revela hoje em nota a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Prevê-se “precipitação persistente, por vezes forte, em todo o território continental, a partir da madrugada de amanhã, 30 de novembro, com especial relevo para a acumulação de precipitação numa hora (20 mm) a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela”.
Ainda possibilidade de trovoadas na região Sul.
“Aguaceiros de neve no extremo Norte e nos pontos mais elevados da Serra da Estrela, acima da cota dos 1400/1500 m”, refere a ANEPC.
Vento até 30 km/h com rajadas até 70 Km/h nas terras altas e no litoral a sul do Cabo Carvoeiro.
“De acordo com a informação hidrológica disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o ponto de situação nas bacias hidrográficas é o seguinte:
Bacia Hidrográfica do Douro: Poderá ocorrer um aumento de caudais, mas sem situações críticas; Bacia hidrográfica do Vouga: Poderá ocorrer um aumento das afluências a Ribeiradio e a Águeda, mas sem situação crítica; Bacia hidrográfica do Mondego: As afluências ao sistema Aguieira – Fronhas-Raiva
poderá aumentar, com aumento das afluências a Coimbra e na Bacia hidrográfica do Tejo: Poderá ocorrer um aumento das afluências no Tejo e Sorraia, mas sem situações críticas e na Bacias do Sado, Guadiana e Ribeiras do Algarve: Não são expectáveis situações críticas, no entanto no sotavento algarvio poderá ocorrer aumento das afluências nas ribeiras”, informa ainda a ANEPC.
Os episódios de precipitação intensa, vento forte e queda de neve, estão “normalmente associados à ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro e também à ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras”, frisa a ANEPC.
Alerta ainda para a “instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo e ao piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água ou à acumulação de gelo e/ou neve”.
Podem também ocorrer “arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública e desconforto térmico na população pela conjugação da temperatura mínima baixa e do vento”.