A comissão política do PSD de Nelas crítica a ida de Luís Pinheiro, antigo presidente da junta de Canas de Senhorim pelo partido social democrata para chefe de gabinete do atual presidente da Câmara, Borges da Silva, do PS.
Recorde-se que Luís Pinheiro foi o líder do movimento “Canas a Concelho” que durante vários anos tento elevar a povoação a concelho.
É este o comunicado na integra do PSD de Nelas sobre esta mudança de Luís Pinheiro:
“Eu sou PSD. Era assim que o agora ex-militante do PSD, Luís Pinheiro, respondia quando questionado sobre a sua posição dúbia em relação à política local. Dizia, inclusive, ´´que a (sua) participação ativa na política concelhia seria sempre dentro do PSD”. Dentro do PSD, em Canas de Senhorim e por Canas de Senhorim. Citando, e não plagiando, Luís Pinheiro (ex-PSD e ex-líder do MRCCS), que num passado muito recente em entrevista dizia: ´´(…) mas sei e sinto que Canas ainda precisa de mim!
Larguei tudo, deixei de aceitar muitos lugares para continuar na minha terra, pois sei da necessidade da minha presença e, com toda a humildade, cá estou a ponderar dizer presente e a dispor-me, mais uma vez, a dar tudo pela nossa Freguesia sem qualquer interesse por lugares ou cargos – só os interesses coletivos me preocupam, e não lugares ou poder político que muitos não hesitariam em aceitar – pensando, como sempre – primeiro eu… a terra que se lixe… Não sou assim, e cá estou novamente a ponderar em dar o meu melhor em prol da nossa Terra, ao serviço da Junta. ´´ Palavras para quê! À primeira oportunidade uniu-se ao seu maior adversário político, o PS (e que tanto combateu), dando ideia de se tratar de um pagamento de promessas.
Depressa se esquece a lealdade, o respeito, palavra dada, mostrando ao que andava, o que ambicionava e o seu caráter político. Respeito e lealdade que o PSD sempre teve para com o agora ex-militante, Luís Pinheiro, implicando inclusive que militantes se afastassem.
Sabemos agora que apenas o PSD atuava de forma limpa e transparente apenas com o interesse de fazer, e trazer, o melhor para os munícipes de Canas e de todo Concelho. Luís Pinheiro usou o PSD, o MRCCS e mesmo a Câmara Municipal de Nelas (que tanto contestava) para aproveitamento pessoal e para atingir a sua desmesurada ambição, não olhando a meios para atingir o fim.
Mais um caso claro em que a política serviu de trampolim para outros voos. Atitude legítima mas de caráter, no mínimo, duvidoso.
A ambição era/é tanta que mesmo sabendo que não será chefe de gabinete (na corte de Borges da Silva já não há lugar para Chefe de Gabinete) não se importa de ir como requisitado/movimentado. E esta situação pode fazer toda a diferença, dado que passados 18 meses poderá passar para o quadro de pessoal da Câmara Municipal de Nelas. Ainda assim, Luís Pinheiro, será mais um elemento para rodear e pajear o Presidente Borges da Silva. Entre nomeados, não nomeados, requisitados e avençados são já mais de vinte, os membros do seu gabinete de apoio. São mais de 5 milhões de euros por ano.
Com mais esta ´´contratação´´, o presidente da Câmara, confirma, e reitera, que não conta com a experiência e qualificação quer dos funcionários da autarquia, quer dos vereadores que o acompanham no executivo. Com a agravante de o Vice-presidente da Câmara, Fernando Silvério, também ser professor.
Pode ser que agora (finalmente), Luís Pinheiro, faça a devida pressão junto de Borges da Silva para que este efetue o pagamento dos vários milhares de euros que ainda se encontram em dívida aos empreiteiros do concelho (alguns de Canas de Senhorim), pois como ele, por mais que uma vez referiu, ´´a verdade é que as obras foram feitas, estão lá e deveria arranjar-se uma solução para as pessoas que estão a passar dificuldades pela falta de pagamento´´.
Aguardemos então o que irá fazer. Estranhamos também que, Luís Pinheiro, que era Líder do MRCCS, se vergue perante Borges da Silva que ainda há pouco tempo o chamava de ´´pica pau´ ´e dele dizia ´´estar agarrado ao poder´´ e ´´não tinha lenha para acender a fogueira´´, assinando/plagiando Saramago (também aqui demostra a Sua falta de ética e de trabalho) um texto onde tenta justificar o injustificável. E onde compara o que é incomparável.
Em suma, bem prega Frei Tomás quando diz ´´só os interesses coletivos me preocupam, e não lugares ou poder político que muitos não hesitariam em aceitar – pensando, como sempre – primeiro eu… a terra que se lixe… Não sou assim ´´. Pois não Luís, és aquilo que se vê …”
Estou em choque com o que li. Ele é vizinho na Figueira da Foz.