O PSD de Coimbra promoveu um debate sobre o futuro do Hospital dos Covões, moderado por Teresa Almeida Santos e que juntou Martins Nunes, médico, ex-administrador dos CHUC e ex-secretário de Estado da Saúde; Carlos Costa Almeida, Médico, professor da Faculdade de Medicina e ex-Director de Serviço do HG-CHUC; Diogo Cabrita, médico; Nuno Freitas, médico e líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Coimbra e Carlos Lopes, presidente do PSD Coimbra.
Para o PSD de Coimbra, “quer no que toca ao Hospital dos Covões, mas também no que se refere a outras questões relevantes para o desenvolvimento de Coimbra, há que fugir a uma certa esquizofrenia politica que joga tudo numa fuga de responsabilidades e, de uma vez por todas tomar as rédeas do futuro de um Hospital que sempre foi uma referencia de Coimbra com projeção regional, nacional e internacional”, adiantam os sociais-democratas em comunicado.
Acrescentando a “falta de estratégia para o Hospital dos Covões tem vindo a deteriorar a imagem conseguida ao longo de tantos anos de trabalho e empenhamento dos seus trabalhadores, médicos, enfermeiros, auxiliares e demais colaboradores”.
Para o PSD a “falta de liderança e a continuada desvalorização dos serviços deste Hospital Central, tem criado condições para o encerramento de serviços e valências, prejudicando os cuidados de saúde do Concelho e da Região e, ao mesmo tempo, contribuindo para uma concentração impossível de gerir, nos CHUC. Ora, para o PSD, esta situação ofende a todos os títulos o legado de Bissaya Barreto”.
O PSD de Coimbra estranha que, “antes de ser feito e conhecido qualquer tipo de avaliação do modelo de concentração dos CHUC, desenhado e implementado pelo governo Socilaista lidaerado por José Sócrates, em 2010, e se parta para, autoritariamente, o encerramento de serviços tão essenciais e relevantes para as pessoas e doentes”.
“Esta atitude é ainda mais estranha, quando o Hospital dos Covões assumiram, nesta crise pandémica do COVID-19, um papel de elevada responsabilidade, o que leva a considerar que para o PS é indiferente que este passe ‘da Linha da Frente, para o Fim da Linha'”, frisam os sociais-democratas.
Realçando que a relevância de Coimbra no campo da Saúde fica “altamente prejudicada pela falta de ambição, pela incapacidade de definição estratégica e de execução. Mais responsabilidade e melhoria na gestão dos recursos da saúde, com maior autonomia, são os caminhos capazes de protagonizar a mudança no sentido da valorização dos Covões e da Saúde”.
Mas o PSD também “sabe que a Saúde e o Hospital dos Covões não vivem sem uma cidade ativa e desenvolvida. É preciso o apoio de todas as forças vivas da cidade e da capacidade de envolvimento de toda a região, ultrapassando a lógica das capelinhas e de protagonismos bacocos e sem sentido2.
O PSD estranha que, sendo o Partido Socialista governo, a “Ministra da Saúde ter sido cabeça de lista pelo circulo de Coimbra, a Câmara Municipal ser liderada pelo mesmo partido e pelo líder da ANMP, a Diretora da Administração Regional da Saúde ser uma Socialista e ex-Vice Presidente da Câmara de Coimbra e a Administração dos CHUC ser liderada por um socialista, se esteja a assistir a esta cena caricata de discussão caseira e que se deixe de lado o essencial: ganhar o desafio do futuro”.
Para o PSD a valorização do Hospital dos Covões e a defesa de Coimbra como Capital da Saúde, “só não se faz se não houver peso e relevância politica capaz de defender Coimbra e a Região. Para o PSD exige-se ação e uma clara definição estratégica para os Covões, sendo urgente a requalificação dos HUC e a construção da Nova Maternidade. Já chega de Comissões e estudos. Exige-se decisões e capacidade de execução”.