Perante diversas notícias de que o navio salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), Patrão Macatrão, está inoperacional desde dezembro do ano passado, na Figueira da Foz, o PSD questiona o Ministério da Defesa sobre “quando prevê disponibilizar a verba necessária para proceder à reparação do navio”.
“Está o Ministério da Defesa Nacional a par da situação do salva-vidas Patrão Macatrão e da necessidade da sua reparação tendo em conta a importância do mesmo para a segurança do mar da região da Figueira da Foz?”, questiona o PSD.
Numa pergunta ao ministro da Defesa, os deputados do PSD lembram que o navio de salvamento “já não sai para o mar há oito meses”. A reparação está orçada em 10 mil euros, montante que “ultrapassa” a disponibilidade financeira do departamento marítimo do Norte e que deverá ser “centralizado” na Autoridade Marítima Nacional.
O PSD cita declarações do capitão do Porto da Figueira da Foz, que dão conta de que “o processo de reparação está a demorar mais” do que seria expectável.
“Manifestamos a nossa preocupação com a possibilidade da Figueira da Foz – que para além do porto comercial, possui porto de pesca e atividade de náutica de recreio – estar sem aquele equipamento nos próximos meses, sendo de referir o histórico de acidentes, alguns mortais, ocorridos nos últimos anos na zona da barra do porto, como o naufrágio do arrastão Olivia Ribau, em outubro de 2015, que provocou cinco mortos, lembrando que também nessa altura, o Patrão Macatrão estava inoperacional”, sublinha o PSD.
O salva-vidas Patrão Macatrão tem 13,5 metros de comprimento, dispõe de uma cabine rígida e uma “reserva de flutuabilidade” que lhe permite enfrentar condições extremas de mar. Em dezembro de 2019, partiu uma hélice ao ter embatido, presumivelmente, durante a noite, contra os restos de um tronco de árvore arrastado pelas cheias do Mondego. O navio é muito utilizado nos salvamentos mais longínquos, podendo operar até 50 milhas da costa.