O helicóptero do INEM, que se dirigia para Macedo de Cavaleiros, despenhou-se na serra de Valongo, provocando a morte dos quatro tripulantes.
Apesar de ter dado um último sinal cerca das 18h50 de ontem, o heli só foi encontrado cerca das 01h00 de hoje.
Tinha levantado voo do heliporto de Massarelos, no Porto, onde deixou uma doente com problemas cardíacos.
Fontes oficiais confirmaram que o rádio SIRESP que se encontrava no aparelho é que permitiu encontra-lo.
O Comandante das operações em Valongo, Carlos Alves, confirmou durante a madrugada que foram encontrados quatro corpos sem vida junto dos destroços do helicóptero que caiu no sábado, em Valongo.
Dois dos corpos estavam dentro da cabine do aparelho e outros dois encontravam-se junto dos destroços, mas fora da cabine.
As autoridades não têm permitiu aos orgãos e comunicação social aproximar-se do local da queda do heli. Pelas 9h00 de hoje ainda não existiam imagens do local da queda.
O helicóptero transportava. dois pilotos, um médico e uma enfermeira.
A aeronave de emergência médica – um Agusta A109S, operado pela empresa Babcock – era pilotada pelo comandante João Lima, Comandante, João Lima, de 56 anos, natural de Viseu e residente em Santa Comba Dão. Era considerado um dos mais experientes pilotos ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica. A seu lado, seguia o copiloto Luís Rosindo.
Seguia também a bordo do helicóptero uma equipa médica, composta por um médico e uma enfermeira. O médico foi identificado como Luís Vega, de cerca de 50 anos, casado e de nacionalidade espanhola. Trabalha para o Hospital de Santa Maria da Feira há quase duas décadas, e também tem grande experiência nas equipas de emergência do INEM.
A enfermeira chama-se Daniela Silva, terá cerca de 30 anos, mora na zona do Porto e pertence aos quatros do INEM.
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O secretário de estado da Proteção Civil confirma que haverá “um conjunto de entidades que investigarão o que se passou para apurar eventuais responsabilidades, desde logo, o facto de a própria aeronave não ter emitido um sinal como deveria ter emitido”.
José Artur Neves não quis confirmar se houve uma chamada para o 112 às 18h45 a dar conta do acidente e voltou a remeter para futuras averiguações.
O governante deixou, no entanto, a certeza que “tudo funcionou como deveria ser: chegou a indicação ao comando de operações do distrito e, de imediato, foram mobilizados os meios para o terreno”. “A informação chegou em primeiro lugar ao CDOS e, a partir daí, foram espoletados todos os mecanismos para mobilizar os meios para o terreno”.
À pergunta se os bombeiros foram avisados antes da Proteção Civil, José Artur Neves refere: “Não temos conhecimento disso”.
Uma equipa do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF) vai averiguar a queda do helicóptero, disse à Lusa fonte do organismo.
O primeiro-ministro já manifestou pesar pela morte dos quatro elementos do INEM. “Quero naturalmente apresentar às famílias e amigos as mais sentidas condolências e dirigir uma palavra de solidariedade para todos aqueles que trabalham no Instituto Nacional de Emergência Médica e que prestam um serviço inestimável aos portugueses”, afirmou.
Em declarações à Lusa em Abu Dabi, António Costa disse que no momento próprio serão apuradas “as causas deste acidente”, frisando que “neste momento” é prematuro falar sobre as razões.