O 39o aniversário da RUC chega à sua reta final de celebrações com a plantação de 39 árvores em conjunto com a Câmara de Coimbra, e com a dupla Telectu a encerrar o mês, com um concerto único no Teatro Académico de Gil Vicente. 23 de março – Plantação de 39 árvores para “39 Anos a Puxar Cabo”.
A Rádio Universidade de Coimbra colabora em conjunto com a Câmara Municipal para a plantação de 39 árvores no Bosque dos Loios, como parte da sua candidatura ao Apoio Financeiro Municipal à Atividade Pontual, numa ótica que promova a sustentabilidade ambiental.
A atividade será levada a cabo por membros dos vários departamentos internos da RUC, reforçando a promoção dos espaços verdes da cidade e a conscienlização ambiental dentro da comunidade.
Na parte da manhã os radialistas estarão no terreno junto com elementos do município.
O momento final nas celebrações de aniversário tem lugar às 21h30, no Teatro Académico de Gil Vicente, com a dupla Telectu, atualmente composta por Vítor Rua e Ilda Teresa Castro, retomando o projeto criado em 1982 por Vítor Rua e Jorge Lima Barreto, num dos momentos mais importantes do pioneirismo da musicalidade experimental em Portugal.
O repertório de Telectu, caracterizado pela música improvisada, mimética, concreta, electrónica e acusmática, ressurgiu em 2019 com Vítor Rua e Ilda Teresa Castro, que têm apresentado a performance ao vivo “Tau Ceti”, considerada pelos próprios compositores um retorno de memória e recriação das sonoridades de “Belzebu”(1983) e “O O ”(1984), tendo já sido apresentado no Vivarium Festival, Zigur Fest. Waking Life, Ciclo de Música Exploratória Portuguesa, entre outros eventos e diversas salas, vai ser pela primeira vez ouvido em Coimbra e acompanhado de suporte visual criado pelo falecido artista plástico e pintor António Palolo, ainda durante o “primeiro Telectu”.
Vítor Rua, guitarrista, compositor e produtor, uma das figuras centrais na experimentação musical em Portugal, foi um dos fundadores da banda GNR, que abandonou focando-se na criação de Telectu com Jorge Lima Barreto em 1982, afastando-se das sonoridades de rock e em gesto autodidata mergulhando nas produções eruditas de transformação do som, mantendo uma abordagem de exploração de novas possibilidades tímbricas e texturais, que são basilares à musicalidade de Telectu, é um dos nomes incontornáveis na história da música portuguesa. Ilda Teresa Castro, artista interdisciplinar e investigadora científica na área da ecologia, articula as artes visuais, sonoras e a escrita com a consciencialização ecológica.
Desde 2018 que é parte integrante de Telectu e de The Banksy’s desde 2019. Enquanto ecoartista, desde 2006, desenvolve projetos multidisciplinares num cruzamento entre arte, ecologia e ciência, centrados nos domínios da eco-crítica, ambiental e animal, com os seus ecofilmes tendo já sido apresentados em conferências na Amazónia (Brasil), Panjim (Goa), Cidade do México (México), Porto, Lisboa e Colares (Portugal).