Os representantes dos professores no Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital (AEOH) estão contra o regresso às aulas na próxima segunda-feira, dia 18 de janeiro.
Recorde-se que nas últimas duas semanas todas as escolas oliveirenses estiveram encerradas devido à situação da pandemia, uma vez que o concelho se encontra em risco extremo, o mais elevado dos níveis.
Os representantes dos professores no Conselho Geral do AEOH consideram esta decisão “imprudente e despropositada”, uma vez que concelho de Oliveira do Hospital “registava, no dia 15 de janeiro, 1101 casos de covid-19 por 100 mil habitantes e 174 casos de infeções ativas, permanecendo, por isso, no grupo restrito dos concelhos que se encontram no nível de risco «extremamente elevado”, sublinha em comunicado enviado hoje à CentroTV.
Outro dos motivos que apresentam tem a ver com o facto de o Governo não ter “decretado a realização de testes da covid-19 nas escolas”.
As condições estruturais da “escola sede (dimensão exígua de muitas salas de aula e da sala de professores, sistema de aquecimento central obsoleto e inepto, janelas deterioradas), o número elevado de alunos por turma, a pluridocência e a existência de disciplinas de opção nos currículos não garantem o distanciamento social recomendado pela DGS, impossibilitam a existência de ‘turmas bolha’, nem tão-pouco permitem condições mínimas de ventilação, conforto e segurança no interior das salas de aula”, é mais uma das razões.
Acrescentando em seguida que “estas circunstâncias existem riscos evidentes – aliás, confirmados pela maioria dos técnicos e especialistas de saúde — de aumentarem exponencialmente as cadeias de contágio entre a população do concelho para valores ainda mais dramáticos e incontroláveis”.
Salientando o ambiente “generalizado de receio e ansiedade existente nas famílias dos nossos alunos tenderá a agravar-se, condicionando ainda mais o bem-estar de todos e o processo de aprendizagem dos alunos”.
A concluir solicitam à direção do AEOH e à delegada de saúde do concelho a “decisão de prolongarem o ensino à distância por mais uma ou duas semanas, podendo essa resolução ser ponderada e revertida a partir do final da próxima semana, caso o número de doentes contagiados por covid-19 no concelho evidencie uma tendência sustentada para decrescer. Requerem, ainda, que seja ponderada a possibilidade de se estender esta decisão a todos os ciclos de ensino”.