O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) emitiu, no dia 19 de maio, um pré-aviso de greve dos Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz, com início a 4 de junho e término a 6 de agosto.
Os Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz vão estar reunidos em plenário, amanhã, dia 22 de maio, às 10h30, com o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais para discutirem a situação operacional da corporação e a acção de protesto que começa no início de junho.
“Esta ação de luta, decidida pelos trabalhadores, em plenário, realizado no dia 19 de abril, reflete o enorme descontentamento dos elementos do Corpo de Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz devido à falta de pagamento do trabalho suplementar”, refere em nota o SNBP.
Adiantando que “em resposta ao problema, a Câmara da Figueira da Foz evoca um parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). Ou seja, cada Sapador assiste a uma diminuição de 250 euros mensais, em média, na sua remuneração”.
Os Sapadores da Figueira da Foz trabalham, em “média, 42 horas semanais, ao invés de 35 horas, tal como os restantes funcionários públicos do país”.
Este trabalho deve ser “devidamente remunerado e alvo de um escalamento prévio por parte dos Sapadores. A autarquia não pode continuar a agendar horas extra aos Bombeiros, sabendo que não lhes vai pagar o excesso de horário de trabalho no final do mês”.
Estes trabalhadores “merecem mais respeito e esperam, desde janeiro, pela reposição do pagamento das horas extra, com efeitos retroativos; o pagamento dos dias feriados e o pagamento do subsídio de turno a 25%”, salienta.
Entre as reivindicações está também o reforço de efetivos. “Estamos a caminhar para um verão exigente e a Companhia de Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz é composta APENAS por 29 Bombeiros”, frisa ainda o SNBP.
O SNBP aguarda há cinco meses por uma reunião com a Câmara Municipal da Figueira da Foz, de forma a r”esolver estes problemas que tanto afetam a corporação”. Contudo, a autarquia refere que “não tem agenda”.
A obrigação da prestação dos serviços mínimos será assegurada em casos de incêndios, inundações, desabamentos, acidentes e o socorro a náufragos, buscas subaquáticas e urgências na área do Pré-Hospitalar, realçam.
A greve inicia-se a partir das 08h do dia 4 de junho com término às 08h do dia 6 de agosto de 2023.