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SEF resgata no Porto de Aveiro jovem africano vítima de tráfico de seres humanos

Porto de Aveiro

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), com o apoio de uma organização não governamental, resgatou de um navio pesqueiro ancorado no Porto de Aveiro, um cidadão estrangeiro de 20 anos de idade, indocumentado, e sobre o qual recaem fortes suspeitas de ter sido vítima de tráfico de seres humanos, adianta o SEF em nota

O cidadão nacional de um país africano terá sido “angariado na costa atlântica daquele continente com promessa de trabalho no navio em questão, mediante contrato de trabalho, alimentação e regularização documental à chegada a território nacional”.

Durante os cerca de três meses em que trabalhou no barco “nunca lhe terá sido paga qualquer remuneração, nem lhe foi entregue cópia do contrato de trabalho que alegadamente celebrou. À chegada a Portugal, terá sido abandonado no navio, uma vez que, como era do conhecimento da entidade patronal, não reunia condições para entrar no país”, revela ainda o SEF.

O cidadão permaneceu no navio “sem dinheiro nem alimentação, continuando a ser-lhe diariamente exigido pela entidade patronal a realização de trabalhos de manutenção da embarcação, tendo sobrevivido à custa de donativos por parte de cidadãos que desenvolvem atividade profissional na área portuária”.

“Atentas as circunstâncias humanitárias da situação, o SEF concedeu um visto especial ao cidadão que, entretanto, foi já instalado, em segurança, em instituição vocacionada para o apoio a vítimas de tráfico de seres humanos”, frisa.

Os factos foram participados ao Ministério Público.