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Selecionador Nacional e Cristiano Ronaldo fizeram antevisão de partida frente ao Liechtenstein

Roberto Martínez, Selecionador Nacional, disse hoje em conferência de imprensa que o jogo frente ao Liechtenstein não vai ser “um jogo amigável”.

“Este jogo vale três pontos. Por isso, precisamos de uma equipa personalizada, com bola e a mandar. Temos de ter uma estratégia bem definida e apresentar um nível muito alto quando defrontamos uma equipa muito fechada. Não há margem de erro. É ganhar e crescer”, afirmou.

“Nunca começo a pensar quem vai começar os jogos. Cada treino é fundamental para saber como se encontram os jogadores. É um jogo de três pontos muito valiosos e temos de ser uma equipa com muita capacidade de ter bola, que quer recuperar rápido a bola quando a perde e, a partir daí, crescer com os jogos que temos. Jogar com três centrais depende do adversário, podemos defender com linha de cinco ou de quatro. Por isso, era importante começar com jogadores experientes que se podiam adaptar. É importante poder variar a estrutura de jogo para jogo e também durante o jogo”, salienta.

“Vamos encontrar uma seleção muito motivada por jogar com alguém como nós. Temos de ter as coisas claras e saber como encontrar os espaços e evitar que no contra-ataque e nas bolas paradas nos criem perigo. Temos de ter as coisas claras e exigir um nível físico alto para poder romper uma organização defensiva tão rígida”, referiu ainda o selecionador.

Acrescentando estar “surpreendido pelo grau de compromisso dos jogadores com a seleção. Todos podem jogar. Estamos a iniciar um novo ciclo e queremos os melhores. Ronaldo faz parte dos melhores e precisamos da sua experiência”

“De momento, os jogadores com mais experiência serão os que vão capitanear a Seleção. O Cristiano Ronaldo, Rui Patrício e o Bernardo serão os capitães. A partir daí é importante que nos centremos no jogo de amanhã”, concluiu.

Já Cristiano Ronaldo afirmou que depois do Mundial, todas as “hipóteses estiveram em cima da balança. Refleti, refleti com a minha família e depois chegámos à conclusão de que não era altura de atirar a toalha ao chão.

“Aprendi muito com isso e estou muito contente por regressar. O selecionador diz que conta comigo. Ainda tenho muito para dar, sinto isso e quero isso”, sublinhou o capitão da seleção.

“Há um ambiente muito positivo, muito bom na seleção. Os jogadores estão felizes. É um capítulo diferente para todos os jogadores, para o staff e para o país. Sentimos uma energia boa e positiva. É uma lufada de ar fresco”, frisou.

“Não estou a dizer que antes era melhor ou pior. Estou a dizer que na vida, muitas vezes, as mudanças são positivas. Sente-se que há um ar fresco. Há novas ideias, há uma nova mentalidade. Isso nota-se muito. Sente-se a mudança e isso é bom para todos e para o país”, considerou.

Adiantando ainda que “adoro jogar pela seleção. Estou aqui há 20 anos e ao mais alto nível. Sinto-me muito feliz aqui. Enquanto acharem que sou uma mais-valia, darei sempre o meu melhor. É a minha casa. Sinto-me mais preparado como jogador, mas também como ser humano”.

“Acho que tudo o que acontece na vida tem razão de acontecer. Agradeço muitas vezes passar por algumas coisas para poder ver quem está realmente do meu lado. Numa fase difícil é que se vê quem está do teu lado. Houve uma fase menos boa na minha carreira, primeiro a nível pessoal e depois profissional”, realçou.

No seu entender “não há tempo para arrependimentos nesta vida. Mesmo não fazendo tão bem faz parte da nossa vida. Quando estamos no cimo da montanha é difícil ver o que está cá em baixo e muitas vezes não conseguia. Sinto que estou melhor preparado agora, porque já consigo ver algumas coisas. Estou um homem melhor agora graças a Deus”

“Os recordes (de internacionalizações) são sempre coisas positivas. São a minha motivação. Gosto de bater recordes e esse recorde é especial. Se acontecer, ficarei bastante orgulhoso, mas quero continuar a fazer mais jogos. Não quero ficar por aqui”, disse a concluir.