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Serviço de urgência de Ginecologia/Obstetrícia de Aveiro pode encerrar 13 turnos em julho

D.R.

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, perante a atual situação do Serviço de Urgência de Ginecologia/Obstetrícia do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, (unidade do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E), apela a uma intervenção urgente por parte do Ministério da Saúde para salvaguardar a resposta às utentes grávidas da região de Aveiro.

Em causa está o previsível encerramento de 13 turnos neste mês de julho, o primeiro dos quais já hoje, das 20h30 até às 8h30 de amanhã, dia 2 de julho. “Em maio, a tutela já tinha sido alertada pelo Conselho de Administração do CHBV e pela direção do Serviço de Ginecologia/Obstetrícia para esta situação muito difícil. Desde então nada foi feito, ignorando também os alertas da Ordem dos Médicos”, critica o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

“Tudo isto é muito grave. Numa altura em que o país está a braços com encerramentos temporários de serviços de urgência, nomeadamente os de obstetrícia, é inadmissível que não seja já implementado um plano nacional de resposta e corrigidas as dificuldades previsíveis”, aponta Carlos Cortes que alerta: “Esta situação de contingência, devido à falta de recursos humanos, é inadmissível. Há emergências inadiáveis e temos de acautelar sempre a segurança das utentes”. 

O Serviço de Ginecologia/Obstetrícia do CHBV é um serviço de referência reconhecido a nível nacional pela sua capacidade assistencial, técnica e de formação. Recorde-se que a rede de referenciação para o acompanhamento da resposta em urgência de ginecologia, obstetrícia e bloco de partos está de tal forma limitada que, a partir da próxima semana, o Ministério da Saúde sugere às grávidas a consulta do Portal do SNS para saber onde estão as urgências fechadas.  Perante este cenário, Carlos Cortes considera que esta medida “é a confirmação da calamidade em que se encontra o SNS e da total incapacidade deste Ministério da Saúde em resolver os graves problemas”.