O Sindicato Independente dos Médicos do Centro denunciou hoje o “completo desnorte” na gestão do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, dando como exemplo a redução de camas e encerramento de serviços no hospital dos Covões.
“Desde a fusão que se tem vindo a observar o encerramento progressivo de Serviços e redução do número de camas activas no pólo HG-Covões. Foram encerradas neste período mais de 200 camas e encerrados vários Serviços a exemplo, Neurologia, Neurocirurgia, Infecto-Contagiosas, Gastrenterologia, Urologia e mais recentemente as enfermarias de Pneumologia e de Cardiologia”, adianta em comunicado o Sindicato.
No pólo HG “mantém-se ainda a capacidade instalada para a realização de meios complementares de diagnóstico (MCD), nas áreas da Imagiologia (Ecografias, Radiologia Convencional, TAC e Ressonância Magnética), Cardiologia (ECG, Ecocardiogramas, Provas de Esforço) e ainda de Cardiologia de intervenção através da Unidade de Hemodinâmica, recentemente renovada, Pneumologia (Provas Função Respiratória, Broncofibroscopias, etc.). No que respeita às duas Maternidades, não há fim à vista para as dificuldades crescentes com que se debatem, seja pela falta de recursos humanos, seja pelas instalações deficientes e falta de equipamentos”, salienta.
Como consequência de “todo este desnorte, assiste-se a um progressivo aumento dos tempos de espera para a relização de Consultas, Meios Complementares de Diagnóstico e Intervenções Cirúrgicas, com descontentamento da população”, frisa.
“Ao contrário do que outros vaticinaram em 2011, e referiam na altura, como a grande reforma da saúde em Coimbra, desde o Marquês de Pombal, a fusão e a forma como foi conduzida de forma errática, sem um projecto envolvente e estimulante para os seus profissionais, não tem sido um factor promotor da saúde na região”, sublinha ainda o SIM/Centro.
O secretário regional do Sindicato Independente dos Médicos do SIM/Centro, manifesta a “sua preocupação pelo estado da assistência médica na maior instituição de saúde da região, bem como a sua solidariedade para todos aqueles, sejam profissionais ou população em geral, que hoje, dia 9/06/2020, se manifestaram de forma histórica junto ao Hospital Geral dos Covões”.