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Somos Coimbra diz que passagem superior rodoviária da Linha do Norte no Loreto é ameaça ao “Anel à Pedrulha”

José Manuel Silva

O estudo prévio da passagem superior rodoviária ao km 218+541 da Linha do Norte (LoretoNorte) é “mais um processo onde se evidencia uma enorme falta de visão estratégica e de futuro da Câmara Municipal de Coimbra (CMC)”, afirma o movimento Somos Coimbra.

O Somos Coimbra “lamenta que entre o processo de aprovação dos estudos de viabilidade, aprovados por deliberação de Câmara de 11/3/2019, até à fase de aprovação de estudo prévio, todas as recomendações apresentadas pelo Somos Coimbra ao Executivo municipal tenham sido ignoradas, comprometendo o planeado ‘Anel à Pedrulha'”.

O “Anel à Pedrulha” é “um dos eixos viários estruturantes que importa construir no curto prazo, sendo mesmo a medida infraestrutural mais eficaz para atenuar os problemas de congestionamento registados no nó da Casa do Sal”, frisa.

O novo eixo rodoviário, integrado no “Plano Diretor Municipal, permitirá ligar, com um perfil de duas vias em cada sentido, os campos do Bolão (antiga N111-1) à Circular Externa da cidade, passando pelo nó da Pedrulha/IC2 e por Lordemão, funcionamento como uma nova circular a norte da cidade. Os planos preveem ainda a sua continuidade até à Circular Interna, junto ao Hospital Pediátrico, constituindo-se como o eixo privilegiado para as ligações rodoviárias entre a zona norte e as zonassudeste (Solum, Ceira, etc.) e centro Este da cidade (HUC, Celas)”.

O Somos Coimbra entende que é “por isso determinante que a nova passagem superior rodoviária à linha ferroviária do norte, junto à Plural (antiga N1) e que ocupa o espaço canal do previsível ‘Anel à Pedrulha’, responda às exigências dimensionais daquele eixo estruturante, senão pode estar a inviabilizá-lo nas suas condições plenas de funcionamento”.

Nesse sentido, o Somos Coimbra reafirma que a “CMC deve negociar com a IP a alteração do perfil transversal desta passagem superior rodoviária, dotando-a desde já com duas vias em cada sentido”.

Segundo o Somos Coimbra, os “acessos na sua ligação quer à antiga N1 quer à estrada do Loreto devem desde já ter em conta a hierarquia dessa nova via, procurando soluções flexíveis que mais tarde se adaptem às novas condições de tráfego, com meras adaptações pontuais”.

O movimento independente entende que a “CMC deve defender os acessos de qualidade ao Bairro do Loreto. No âmbito desta empreitada, o Bairro vê as suas duas passagens de nível encerradas ao tráfego automóvel, pelo que todos os moradores que ali vivem e se deslocam de forma pendular para o centro da cidade se vêm penalizados e obrigados a optar por circuitos francamente mais longos e demorado. Assim, a CMC deve defender intransigentemente a acessibilidade a este Bairro, através de circuitos diretos, naturais e confortáveis, e não o contrário, como está a acontecer”.

“Importa clarificar que o Somos Coimbra defende a construção da passagem superior rodoviária, essencial para a salvaguarda das condições de segurança deste atravessamento de nível. Não pode é concordar com soluções minimalistas que apenas procuram remediar os problemas no imediato, sem qualquer visão estratégica de futuro”, conclui.