CentroTV

Também há queixas de assédio de professores na Universidade de Coimbra

A Universidade de Coimbra tem registo de três queixas por assédio por parte de professores contra alunas, desde 2018.

“No período 2018-2022, até à data, foram registadas na UC três sinalizações, de estudantes do sexo feminino, para comportamentos que poderiam eventualmente ser enquadrados como assédio sexual e que mereceram o devido tratamento interno, com vista ao apuramento dos factos, não tendo logrado comprovar-se a ocorrência de assédio sexual”, adiantou à CentroTV, o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão.

Acrescentando que “embora neste período não tenha sido registado qualquer caso provado de assédio moral ou sexual na comunidade académica, a UC tem exercido – e vai manter – uma atitude vigilante e pedagógica, condenando todas as práticas de agressão física ou psicológica, violência ou assédio, e mantendo a aposta na potenciação dos recursos internos e na cultura como um veículo de valores conducentes a uma sociedade mais justa e socialmente mais solidária”.

A Reitoria em nota enviada à CentroTV realça que neste contexto, os estudantes da UC têm “ao seu dispor mecanismos que lhes permitem reportar os casos de assédio aos Diretores das Unidades Orgânicas [Faculdades], com competência delegada em matéria disciplinar, dispondo ainda da possibilidade de denúncia junto do Provedor do Estudante (ao abrigo do anonimato), órgão especificamente criado no seio das Instituições de Ensino Superior com o propósito de defesa e promoção dos direitos dos estudantes”.

Por seu lado a Associação Académica de Coimbra diz que não tem registo de queixas. “O assédio ocorre em diversos locais, sendo um deles o meio académico, e tem implicações muito graves para os nossos colegas. A Associação Académica de Coimbra não tem casos reportados, mas há vários mecanismos para sinalizar e apoiar estudantes atingidos por essa situação”, tinha dito ontem à agência Lusa o presidente interino daquela instituição, Daniel Aragão.

O responsável da Associação Académica de Coimbra (AAC) falava a propósito de a Faculdade de Direito de Lisboa ter aberto um canal para receber denúncias de assédio e discriminação, tendo recebido em 11 dias 50 queixas.