Viseu tem uma nova e moderna porta de entrada no concelho, preparada para acolher viseenses, visitantes e turistas que, diariamente, fazem uso dos transportes públicos urbanos ou daqueles operados por empresas rodoviárias nacionais e internacionais.
São 29 cais de embarque, preparados para garantir a partida e chegada diária de milhares de utilizadores, revela hoje em nota a autarquia.
O Terminal Rodoviário de Viseu – antigo Centro de Operações de Mobilidade de Viseu – está “pronto e disponível para o usufruto pleno dos seus utilizadores”.
A inauguração oficial da infraestrutura teve lugar ontem ao final da tarde, num ato público que o presidente da Câmara, Fernando Ruas, considerou “simbólico”, assinalando assim uma empreitada de grande dimensão, que representa um investimento considerável e necessário para a mobilidade no concelho e região.
“Este é mais um momento de requalificação das nossas infraestruturas. Este Terminal Rodoviário sofreu agora a sua requalificação mais profunda, mais duradoura e também a mais dispendiosa. Acreditamos por isso que não necessitará de uma intervenção semelhante nas próximas décadas, apenas da sua correta e adequada manutenção”, destacou o autarca viseense, que apelou ao papel da comunidade no bom funcionamento e salvaguarda desta infraestrutura. “Somos simultaneamente utentes e proprietários deste equipamento, pelo que devemos ser todos vigilantes e denunciar qualquer ato de vandalismo contra o património que é de todos”.
A requalificação e construção do novo Terminal teve o seu início em maio de 2020, mantendo-se sempre em funcionamento, ainda que com espaços parcialmente fechados e/ou condicionados. Quatro anos depois, e ultrapassado um período de pandemia, que teve o seu impacto no setor da construção e, inclusive, no custo dos materiais, a obra está concluída, traduzindo-se num investimento de cerca de 6 milhões de euros, apoiado pelo programa operacional Centro 2020.
“Viseu tem um lugar de destaque e, apesar de não ser das maiores cidades portuguesas, muito menos das europeias, penso que este Terminal Rodoviário seria digno de qualquer cidade”, rematou o Presidente Fernando Ruas antes de iniciar a visita ao espaço junto das entidades e comunidade local presente.
A intervenção decorreu em duas fases, tendo sido a primeira vocacionada para a construção do parque de estacionamento com acesso pela Rua dos Bombeiros Voluntários, este com capacidade para 125 veículos automóveis no piso superior e 24 autocarros no piso inferior. Teve ainda lugar a construção do edifício de apoio aos serviços municipais de limpeza urbana e de uma oficina e garagens dedicada aos veículos “Gullivers”. Nesta fase inicial, foram também intervencionadas as zonas ajardinadas, o acesso aos cais de embarque dos autocarros e executadas as diversas infraestruturas necessárias ao bom funcionamento do edifício (águas, esgotos, elétricas, entre outras).
Já numa segunda fase, a obra prosseguiu no edifício principal, já existente, do Terminal, com a requalificação do mesmo. Mantendo parte da traça original, a infraestrutura goza agora de mais e melhor conforto térmico, conseguido através do revestimento e tratamento térmico das fachadas e substituição da sua cobertura. Também a construção de uma pala na porta principal, na Avenida Dr. António José de Almeida, garante o apoio à entrada e saída de passageiros confortavelmente.
Novas condições de conforto para os utilizadores foram privilegiadas, nomeadamente com novas salas de espera, acesso entre os pisos via tapete rolante e elevador, acesso à ilha central de parte dos cais de embarque via passadiço aéreo coberto, novos painéis informativos e sinalização adequada dos cais e todos os espaços do Terminal, disponibilização de pontos de carregamento para dispositivos móveis e cacifos para armazenamento temporário de bagagens, entre outros.
Ao nível dos operadores, as empresas Marques, Transdev, União do Sátão e Iberocoach garantem a oferta dos seus serviços, inclusive de bilheteira, no piso inferior, enquanto a Berrelhas, empresa que assegura o transporte público MUV, se encontra no piso superior, a par de outras lojas e serviços no edifício, como são o restaurante, o quiosque/papelaria ou a cafetaria. No exterior, destaque ainda para a ligação com a ciclovia e o sistema de bike-sharing “BORA”.
Com a intervenção no edifício principal do Terminal foi possível reinstalar um conjunto de serviços e divisões municipais, anteriormente dispersas e/ou instaladas em edifícios privados, otimizando recursos económicos.