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Time escolhe jornalistas mortos e presos como ‘Personalidade do Ano’ de 2018

A revista norte-americana Time escolheu jornalistas mortos e presos como personalidades do ano 2018.

Em edição especial, a publicação presta homenagem ao jornalista saudita morto na Turquia e outros profissionais.

Para justificar a escolha, a “Time” citou o número recorde de repórteres atrás das grades em todo o mundo – o Comité de Proteção aos Jornalistas registou 262 casos em 2017.

Frisou ainda a avalanche de desinformação nas redes sociais e de autoridades, que classificam como “fake news” reportagens críticas aos seus governos.

Os profissionais mencionados pela revista são o cronista do “Washington Post”, Jamal Khashoggi, que foi morto no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no passado dia 2 de Outubro

Os jornalistas do Capital Gazzete, cuja redacção foi atacada em, junho deste ano, pela fundadora do site Rappler, Maria Ressa, e pelos dois jornalistas da Reuters condenados a sete anos de prisão, por terem noticiado a morte das minorias Rohingya, Kyaw Soe Oo e Wa Lone.

O prémio de “Personalidade do Ano” é entregue anualmente desde 1927.  Segundo a publicação, a distinção “reconhece a pessoa ou grupo de pessoas que mais influenciaram as notícias e o mundo – para o bem ou para o mal – durante o ano”.