Os trabalhadores da TSF estão hoje em greve, fazendo com que a rádio de notícias tenha apenas uma emissão de música.
É a primeira greve dos trabalhadores desta rádio, desde a sua fundação há 35 anos.
“Lutamos pelo desbloqueio de um processo negocial que começou em Fevereiro e que está parado desde Junho e cujo objectivo final é uma subida generalizada dos salários, que não acontece há praticamente duas décadas”, referem os trabalhadores da TSF.
Em Junho, os trabalhadores decidiram “não rejeitar” uma proposta da administração para esses ajustes salariais, mas, até hoje, essa proposta não foi aplicada.
A administração também continua sem “explicar porque não aplica uma proposta que foi por si apresentada!”
Acrescem atrasos no pagamento dos salários de Julho e Agosto.

No primeiro caso, os trabalhadores receberam um e-mail que justificava o atraso com um “problema operacional”; no segundo, não foi dada qualquer explicação.
Por fim, há cerca de uma semana, o director Domingos de Andrade foi afastado e substituído sem que o Conselho de Redacção se tenha pronunciado, conforme sua competência definida na lei.
“Reiteramos a confiança em Domingos de Andrade, provado que está o seu total e permanente respeito pelos valores da autonomia editorial da TSF e pela luta que sempre travou por uma rádio independente”, realçam.
Foi este o episódio que levou o plenário a reunir-se na passada segunda-feira, 11 de setembro, e, “tendo em conta esta acumulação de situações, que consideramos desrespeitosas dos trabalhadores da TSF, aprovámos por unanimidade a realização de uma greve de 24 horas na próxima para hoje, e uma concentração pelas 10h30 desde mesmo dia junto à sede da rádio, nas Torres de Lisboa.”