Os trabalhadores que prestam serviço no Contact Center da EDP em Seia estão hoje em greve.
Durante a parte da manhã a adesão foi de 85 por cento, segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Norte, que representa os trabalhadores.
Em causa está a melhoria dos salários e das condições de trabalho.
Durante a manhã os trabalhadores fizeram uma manifestação à porta do Contact Center, na principal entrada de acesso à cidade de Seia.
Empunhando cartazes e gritando algumas palavras de ordem, os trabalhadores da empresa Manpower Group Solutions que prestam serviço naquele espaço da EDP quiseram demonstrar o seu descontentamento.
No Centro de Contacto em Seia, os trabalhadores reivindicam à Manpower, empresa que presta serviço em Seia, aumentos salariais não inferiores a 25 euros por mês.
A Manpower, nas negociações que decorreram com o sindicato SITE-CN, “apenas aceita 20 euros por mês de aumento para o 1º e 2º escalão, isto é o 1º escalão tem o valor do Salário Mínimo Nacional (600,00 euros) e o 2º escalão mais 3,00 euros (603,00), os outros 4 escalões os aumentos salariais são de 17,00 euros por mês”, refere o sindicato.
O Sindicato SITE-CN refere ainda que estes salários são “bastante baixos para o nível de trabalho qualificado que os trabalhadores executam. Um trabalhador indiferenciado ganha o Salário Mínimo Nacional e um trabalhador do Centro de Contacto com nível de exigências bastante superior ganha o mesmo valor do Salário Mínimo Nacional e ou pouco mais”.
A EDP “entrega estes serviços ao exterior (Outsourcing), esmagando os preços, o que leva a que os salários sejam baixos numa atividade da EDP que é fundamental”.
“Estes trabalhadores devem ser do quadro efetivo da própria EDP”, defende o Sindicato.
Inaugurado em Seia em 2008, o call center da EDP emprega, segundo o sindicato cerca de 550 pessoas.
A greve vai manter-se até à meia noite de hoje, neste e em todos os Contact Center do país que pertencem à EDP, em Lisboa e Elvas.