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Utentes sem médico de família em São Jacinto

A Comissão de Utentes de Saúde de Aveiro (CUSA) crítica o “caos em que se encontra o serviço de assistência” na Extensão de Saúde de S. Jacinto.

Em comunicado a CUSA adianta que desde o dia 1 de novembro que os utentes da Extensão de Saúde de S. Jacinto, em Aveiro, “ficaram sem médico de família na sequência da passagem à situação de aposentação do médico, que exercia actividade nesta extensão”.

Esta situação já se “previa há meses e era conhecimento do director executivo do ACES tal como nos foi referido na última reunião que com ele tivemos no passado mês de julho”.

Após alguns dias sem médico na referida Extensão de Saúde, a “falha foi colmatada com uma médica em regime provisório que apenas observa os doentes urgentes no dia, em número limitado, mas inconstante criando a desordem e a confusão na população”.

Isto porque na extensão de saúde de S. Jacinto, face às características desta localidade, eram feitas também as consultas de vigilância médica, como a Diabetes, INR, HTA, Saúde Infantil e Materna, Planeamento Familiar, Rastreio Oncológico, etc, as quais eram devidamente agendadas.

“Por este facto os utentes efectuaram atempadamente exames complementares para se apresentarem a consultas planeadas e até hoje não tiveram qualquer consulta, não sabem quando terão médico de família, e também não sabem aonde se dirigir face ao historial clínico”, adiantam. Em consequência disto “há doentes que ultrapassaram o limite de vigilância médica temendo pelo agravamento do seu estado de saúde”.

A CUSA considera que esta situação é um “atentado não só à dignidade dos doentes, mas também à qualidade dos cuidados de saúde”.

A falta de médico de família e vigilância médica “aumenta o risco de saúde, com consequências imprevisíveis, para além de provocar o agravamento dos custos inerentes aos cuidados de saúde”.

“Face à insustentável situação actual” a CUSA “exige a reposição imediata do médico de família em S. Jacinto”.