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Vai arrancar a requalificação do Largo do Arnado em Coimbra

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Manuel Machado, consignou hoje a Requalificação da Praça do Arnado e Rua Simões de Castro.

Uma obra orçada em 470.497,25 euros, que será realizada pela empresa Vibeiras no prazo de 180 dias, com os trabalhos a terem início já na próxima segunda-feira.

A operação de requalificação (que contém outras componentes) foi aprovada pela Autoridade de Gestão do Centro 2020 e conta com um investimento total de 597.087,61 euros e uma comparticipação do FEDER de 487.278,06 euros.

“Esta é a segunda obra que realizamos integrada no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Coimbra [a primeira foi o Terreiro da Erva]”, afirmou o presidente da CMC, hoje, durante a consignação da empreitada, que decorreu na rua Simões de Castro e contou ainda com a presença da vice-presidente da CMC, Rosa Reis Marques, e do vereador Carlos Cidade, além do representante da empresa Vibeiras, Luís António Santos Pereira.

“Trata-se de uma praça que visa criar espaços de circulação e de embelezamento num ponto extremamente sensível da cidade que, ainda há poucos anos, era a Estrada Nacional n.º 1. O objetivo é, pois, melhorar a distribuição automóvel e aumentar os espaços de circulação pedonal”, acrescentou Manuel Machado, garantindo que “a movimentação rodoviária vai fazer-se com maior fluidez”.

A intervenção implica a construção de uma praça central ajardinada, no qual será fixada uma escultura de Pedro Figueiredo. Além de conferir uma melhor aparência a este ponto central da cidade, o pressuposto desta requalificação passa por maximizar as áreas destinadas aos peões, minimizando, em simultâneo, os espaços de circulação automóvel.

“Amplia-se consideravelmente a parte pedonal, para incentivar também visitantes e moradores a passearem a pé nesta zona central da cidade, [próxima da área classificada como] Património Mundial da UNESCO”, argumentou o autarca.

Uma intervenção num ponto da cidade que marca a entrada no centro histórico e se insere na Zona Especial de Proteção do território classificado como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO – Universidade de Coimbra, Alta e Sofia. O projeto respeita documentos estruturantes, como o Programa Estratégico de Reabilitação Urbana para a Frente de Rio Coimbra, o projeto do Metro Ligeiro do Mondego, a reabilitação do Terreiro da Erva, assim como alguns projetos privados.

Em termos funcionais, a futura configuração viária do Largo do Arnado permitirá diminuir trajetos, proporcionando benefícios ambientais, maior rapidez e poupança de combustível. Nomeadamente, a quem hoje pretende fazer inversão de marcha – tanto no sentido sul-norte como norte-sul – e se vê obrigado a percorrer o quarteirão formado pela Av. Fernão Magalhães e ruas Doutor Manuel Rodrigues, Rosa Falcão e João Machado.

“O que estamos aqui a fazer é semelhante ao que fizemos na avenida da Guarda Inglesa, na avenida João das Regras, de forma a induzir a circulação automóvel para onde ela deve existir, com liberdade condicionada e adequada, mas com fluidez”, acrescentou Manuel Machado.

A poupança também se verificará ao nível do consumo da eletricidade gasta em iluminação pública, através da substituição das atuais luminárias de vapor de sódio de alta pressão por novas, de LED (Díodo Emissor de Luz).

Além de mais durável e com luz de melhor qualidade, esta solução permitirá obter uma redução de custos, avaliada em cerca de 180 euros/ano por cada luminária, no Largo do Arnado, e de 130 euros/ano, por cada luminária, na Rua Simões de Castro.

Nesta última artéria está prevista a otimização dos passeios, criando-se condições de acesso aos estabelecimentos comerciais para cidadãos com mobilidade reduzida onde hoje não existem. A otimização dos passeios abrange ainda o Largo do Arnado e o separador da Av. Fernão Magalhães até à rotunda de confluência com a Rua Padre Estevão Cabral (recebe relva e vai ser alargado).

Já a Rua do Arnado, atualmente degradada, beneficiará da colocação de novo pavimento, tanto na faixa de rodagem como nos passeios. A CMC está ainda a trabalhar para que esta artéria venha a dispor de uma ligação à beira rio.

Saliente-se ainda a substituição dos atuais contentores de resíduos sólidos urbanos por recipientes semienterrados com maior capacidade. E para possibilitar a retirada dos cabos ativos suspensos em fachadas e sobre o espaço público (além da retirada de outros que não estejam em funcionamento), será criada uma rede subterrânea, encastrando-se ou dissimulando-se os cabos à vista, elétricos ou de telecomunicações.

“Desejamos que a obra corra bem e que a empresa tenha o merecido lucro. Mal a obra esteja finalizada, o pagamento será efetuado com celeridade. A Câmara de Coimbra está com relativa saúde financeira e portanto em condições de pagar logo”, avançou ainda o presidente da CMC, elogiando o trabalho da empresa contratada (esta também foi responsável pela requalificação do Terreiro da Erva) e, garantindo, em resposta aos jornalistas, que ela tudo fará para que a obra decorra sem percalços.

“Há sempre contrariedades quando se faz uma obra, mas estou certo que esta é uma empresa experiente para intervir em zonas sensíveis como esta”, concluiu.