CentroTV

Vai ser feito um bypass para combater a erosão costeira na Figueira da Foz

O estudo de viabilidade da transposição aluvionar das barras da Figueira da Foz e de Aveiro, encomendado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), foi apresentado na manhã de ontem, quinta-feira, e marcou “um dia muito importante para a Figueira da Foz e para a região centro”, afirmou o presidente da autarquia, Carlos Monteiro. 

No Centro de Artes e Espectáculos foi dada a conhecer a solução para a diminuição da largura da praia, para o recuo da linha de costa e simultaneamente para a fragilidade do cordão dunar frontal/fique arenoso e perigo simultaneamente oceânico, que passa por instalar um sistema fixo que transponha as areias de norte para sul do porto, apontando assim para a viabilidade de um bypass fixo na Figueira da Foz. 

“Na Figueira da Foz, no horizonte temporal de 30 anos, esta foi a solução que apresentou um valor atual líquido mais positivo, sendo economicamente viável
a transposição de sedimentos através de um sistema fixo”, explicou um dos representantes da APA, Celso Pinto. Contudo, “em Aveiro, é tecnicamente viável, mas não economicamente, sendo preferível manter a situação atual de drenagem de sedimentos na zona portuária e deposição a sul da embocadura através de um sistema móvel”.

“O estudo sintetiza as principais soluções da transposição de areias onde estão a mais para onde são precisas”, clarificou Carlos Monteiro, acrescentando que o estudo traz a “esperança e segurança” necessárias para maior trânsito comercial.

Já a presidente da administração do porto da Figueira da Foz e de Aveiro, Fátima Alves, afirmou que se trata de um protocolo tripartido – entre a administração, o Município e a APA – e que faz com que estejam “unidos num objetivo único de sustentabilidade através da gestão integrada e de recuperação”.