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Vem aí uma tempestade com muita chuva, vento forte e queda de neve

Há uma tempestade a caminho de Portugal que chega em força esta quinta-feira.

No seguimento do contato com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), realizado hoje, no Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS), da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica disponibilizada prevê-se para as próximas 48 horas um agravamento das condições meteorológicas, salientando-se:

– Períodos de chuva, que poderá ser por vezes forte (entre 30 e 40 mm em seis horas) nas regiões do norte e do centro a partir do fim da madrugada até ao início da tarde de quinta-feira.

– Queda de neve acima de 1000 metros de altitude, podendo acumular mais de 5 cm, durante o dia de quinta-feira.

– Vento de sul (rodando para o quadrante oeste a partir da tarde de quinta-feira) soprando forte no litoral com rajadas até 75 km/h e nas terras altas com rajadas até 95 km/h, a partir do final do dia de quarta-feira.

– Agitação marítima na costa ocidental, com ondas de noroeste com 5 a 7 metros de altura significativa, com alturas máximas que poderão atingir 12 a 14 metros, a partir do fim da manhã de quinta-feira até ao início da manhã de sexta-feira, após o qual diminui progressivamente.

Pontualmente, entre o início da tarde de quinta-feira até fim da madrugada de sexta-feira, a altura significativa pode atingir 8,0/8,5 metros e a altura máxima até 15 metros, com período de pico de cerca de 17 segundos, na costa ocidental acima do cabo da Roca.

Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:

– Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;

– Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;

– Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;

– Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem; – Danos em estruturas montadas ou suspensas;

– Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;

– Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;

– Possíveis acidentes na orla costeira;

– Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência.

3. MEDIDAS PREVENTIVAS

A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:

– Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;

– Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;

– Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;

– Proceder à colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve;

– Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;

– Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;

– Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;

– Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;

– Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança