As férias estão a chegar ao fim e para grande parte dos portugueses é hora de começar a preparar o novo ano letivo.
Neste novo ano escolar, com a maioria da população adulta vacinada e com a vacinação dos mais novos a decorrer, os encarregados de educação parecem esperar que este seja um ano mais tranquilo para alunos, professores, profissionais das escolas e as suas famílias.
Ainda assim, porque o início de um novo ano letivo pode ser sinónimo de alguma ansiedade, o estudo do Observador Cetelem Regresso às Aulas 2021 procurou saber quais as principais preocupações dos encarregados de educação e revela que a segurança sanitária, devido à pandemia da COVID-19, continua no centro das preocupações (63%), seguida da adaptação dos alunos a uma nova escola/turma (38%), nomeadamente para aqueles com estudantes a frequentar o ensino pré-escolar (72%).
A recuperação da aprendizagem perdida nos anos letivos anteriores (33%) é outra das preocupações, principalmente para quem tem estudantes a seu cargo a frequentar o secundário (52%), no ensino básico e no ensino superior (46% respetivamente).
Apesar destas preocupações, 8 em 10 encarregados de educação acreditam que o ano letivo 2021/2022 vai correr melhor que o anterior, sendo que 18% revelam otimismo ao afirmarem que vai correr muito melhor. 17% dos inquiridos esperam que seja igual ao ano anterior.
Quando questionados sobre quais os ciclos escolares em que no futuro poderia fazer mais sentido adotarem este regime, 41% dos inquiridos mencionam o ensino secundário e 40% o 3.º ciclo. No entanto, 23% dos inquiridos referem que o ensino misto não faria sentido em nenhum ciclo de ensino. A recetividade a esta possibilidade é maior entre encarregados de educação com estudantes a frequentarem o ensino universitário (61%) e menor no pré-escolar (21%) e no 1º ciclo (23%).
Os inquiridos do Porto são os que concordam mais com a possibilidade de ensino misto nessas circunstâncias (83% Porto vs. 58% Lisboa). Fazendo um zoom às regiões, apesar de na região Centro apenas 56% dos indivíduos concordar com este regime, nesta região 46% dos inquiridos veem no ensino misto uma possibilidade no ensino secundário e 43% no ensino superior.