No ano passado, morreram em Portugal 44 pessoas de overdose alcoólica, um número superior ao provocado pelo consumo de opiáceos (como heroína), cocaína e metadona, que em 2013 levaram à morte de 22 pessoas.
Segundo o subdiretor-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), foi na faixa etária dos 45 aos 54 que se registaram mais overdoses de álcool.
“Nos acidentes rodoviários 15% das mortes são atribuídas ao álcool, na violência 22% dos abusos estão relacionados com este consumo e 22% dos suicídios e sofrimento autoinfligido são atribuídos ao álcool”.
“Nas doenças de fígado, o álcool tem um peso de 50% e 30% dos cancros da boca e da faringe estão relacionados com este consumo”, expôs ao Diário de Notícias Manuel Cardoso.
Quando consumido em excesso e num curto espaço de tempo o álcool pode levar à falência dos órgãos. Basta 0,6% de álcool no sangue para que o fígado possa não ser capaz de decompor os produtos tóxicos, afetando o sistema respiratório.