Almeida Henriques, ex-secretário de Estado e atual presidente da Câmara de Viseu, recebia avença enquanto esteve no Governo e no Parlamento, adianta hoje em manchete o Jornal de Notícias.
A Judiciária do Porto escutou o político e tem provas de ligações perigosas, avança o JN.
O ex-secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional e atual autarca de Viseu, Almeida Henriques (PSD), está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto e Ministério Público por suspeitas de ter sido facilitador dos negócios de José Agostinho Simões, empresário detentor da marca Tomi, acusado no processo do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP). Através de uma empresa tida por “testa de ferro”, o político terá recebido cerca de 120 mil euros pelos serviços prestados enquanto esteve no Governo e no Parlamento, revela o jornal.
Ao JN, Almeida Henriques recusou qualquer declaração. No final de outubro, quando o JN noticiou a sua constituição como arguido, o autarca disse: “Só me pronunciarei quando conhecer o que consta do respetivo processo, sendo certo que estarei sempre disponível para colaborar com a justiça”.
Para a PJ, Henriques telefonou a autarcas e outros decisores políticos, como Manuel Machado, de Coimbra, e ainda Rui Moreira, do Porto, para que estes recebessem o empresário José Agostinho e assim tentar obter negócios.