A Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital aprovou, ontem, por unanimidade uma moção de solidariedade para com os órgãos de comunicação social local e regional, que viram os seus títulos serem registados junto do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), pelo empresário Nuno Tavares Pereira, como marcas comerciais.
A moção, apresentada pelo deputado do PS, Rui Monteiro, e que mereceu o voto favorável de todas as bancadas (PS, PSD, CDS, PCP), solidariza-se com os órgãos de comunicação social, nomeadamente o jornal a Comarca de Arganil, jornal Folha do Centro, Rádio Boa Nova, Rádio Clube de Arganil e Noticias de Coimbra, que “viram os seus títulos em uso e circulação há décadas, e pelo menos um, há mais de um século, usurpados, por terem sido alvo de pedidos de registo enquanto marcas comerciais, pelo senhor Nuno Tavares Pereira”.
Na mesma moção, os deputados “repudiam ainda a atitude do empresário, independentemente da motivação subjacente aos mencionados pedidos de registo”.
Contatado pela CentroTV sobre esta posição dos partidos com assento na Assembleia Municipal oliveirense, Nuno Tavares Pereira, diz que “repugno de forma veemente as acusações de ‘usurpação’ de que sou alvo, por serem falsas e apenas feitas com o intuito de denegrir e ofender a minha pessoa”.
Acrescenta que a “verdade é que apenas de forma legal e legítima usei do direito que assiste a qualquer cidadão de registar qualquer nome não registado como marca. Registei apenas o que posso legalmente registar. Falamos de marcas e não de empresas ou instituições”.
Deixando em seguida farpas aos órgãos de comunicação social: “Não sou responsável pela passividade daqueles que não fizeram ao longo dos anos o que lhes competia e que apenas me pretendem culpar e insultar para esconderem as suas responsabilidades e fragilidades”.
Relativamente à Assembleia Municipal, “lamento que o órgão máximo do município de Oliveira do Hospital se associe e subscreva este tipo de inverdades em Moção apresentada por quem tem obrigação de saber que está a enganar deliberadamente os cidadãos, o que será tratado oportunamente em sede própria”.