A presidente da Cáritas Interparoquial de Castelo Branco disse que a instituição regista “um acréscimo de pedidos” de apoio por causa da pandemia, com pessoas que “nunca tinham estado” nessa condição e pobreza envergonhada.
“É difícil, às vezes, as pessoas virem aqui, nunca pediram, nunca se viram nesta situação, e até têm uma ideia de que a Cáritas distribui massa e arroz aos pobrezinhos. Pobreza envergonhada também há e temos de respeitar, é muito natural que aconteça”, explicou Maria de Fátima Santos, em declarações à Agência ECCLESIA.
A responsável adiantou que a Cáritas tem “uma carrinha completamente descaraterizada” que todos os dias distribuí “refeições quentes” ao domicílio, para “evitar que as pessoas vão com a marmita” à instituição, atendendo também ao facto de este ser um território envelhecido.
Segundo Maria de Fátima Santos, a Cáritas tem recebido pedidos de ajuda de pessoas novas, que se “viram numa situação de grande aflição”.
A presidente da Cáritas Interparoquial indica que os pedidos de apoio são causados pelos efeitos da pandemia no setor económico, como empresas que “não conseguem absorver toda a gente e estão em lay-off”.
Maria de Fátima Santos destaca também a solidariedade que tem vindo a existir, destacando que as pessoas estão “muito sensíveis” e “têm sido bastante generosas”, com oferta de alimentos, roupas e donativos monetários que, no último ano, “aumentaram bastante”.
A responsável católica, que colabora com a Cáritas Interparoquial de Castelo Branco desde 2009 e é funcionária do município local, destaca também que a completa sintonia e sincronização de esforços entre comunidade cristã e entidades oficiais como o município ou a junta de freguesia que “dão um grande contributo”.
numa terra com tantos corruptos é natural que hajam pobres…