A construtora Soares da Costa está sob suspeita de ter cometido fraude para obter subsídios do Estado, bem como de branqueamento de capitais.
A empresa terá ajudado os promotores de um hotel que nunca foi concluído a receber 1,2 milhões de euros em subsídios, ao emitir faturas de obras que não realizou.
O hotel, de cinco estrelas, estava a ser construído na Praia da Tocha, em Cantanhede, escreve o hoje o Jornal de Notícias, mas ao ter sido parado o terreno voltou à posse municipal. Apesar de o empreendimento não ter sido concluído, a parte do edifício que chegou a ser construída ainda não foi demolida.
A Soares da Costa terá emitido faturas e recibos sobre obras que não realizou e serviços que não prestou no empreendimento, o que ajudou os promotores do hotel a receber 1,2 milhões de euros do Turismo de Portugal, segundo as conclusões do Ministério Público.
Além da Soares da Costa, o MP acusou, sempre por fraude e branqueamento, o ex-administrador e o ex-diretor financeiro da construtora, respetivamente Carlos Santos e António Teixeira, bem como as sociedades anónimas Worldhotel e Haut de Game e os seus três administradores, Fernando Lourenço, Josete Guerra e Maria Alati.
Agora, os arguidos vão ter de devolver o ganho ilícito ao Estado, montante que será acrescido de juros de mais de 150 mil euros.