“Turismo enogastronómico na Beira Serra: o papel das Confrarias Gastronómicas”, foi o tema principal do II Fórum de Turismo, realizado no âmbito de mais uma conferência EPTO FUTUROS da EPTOLIVA – Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil.
A relevância da gastronomia como potencial turístico foi evidenciada pelas intervenções de Patrícia Ferreira, representante da CIM – Região Europeia de Gastronomia, que aludiu à ciência gastronómica como identidade e afirmação económica, social e sustentável de um território.
Já José Borralho, presidente da Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia (APTECE), referiu-se à gastronomia, enquanto valor económico e memória de uma viagem turística, concluindo que a riqueza gastronómica de Portugal se deve à época dos descobrimentos e da autenticidade e diversidade de receitas que se perpetuaram até hoje, capacitando a oferta turística a uma experiência de sabores.
Este colóquio incluiu ainda uma mostra de produtos endógenos diligenciados na presença de algumas Confrarias sediadas na Beira Serra. Entendidas como “confraternizações” de saberes e sabores tradicionais que atestam a própria evolução histórica e social de gentes e territórios, a Confraria dos Bolos, Doces, Aguardentes e Licores do Ervedal da Beira, a Confraria do Queijo Serra da Estrela, a Confraria Gastronómica do Bucho de Arganil, a Confraria do Torresmo Beirão e a Confraria do Medronho, certificaram no seu testemunho, o património gastronómico que lhes cumpre salvaguardar e promover.
No encerramento deste fórum em contexto de práticas profissionais, foi servido um almoço confecionado pelo Chef José Carlos, que conjugou os produtos trazidos pelas várias confrarias presentes, em saborosas iguarias provadas pelos convidados e com harmonização de vinhos, da Quinta Vale do Cesto, apresentados por Patrícia Figueiredo.