Instalação mostra resultado de pesquisa artística sobre o feminino Abre ao público no próximo dia 11, pelas 17 horas, a exposição corpo-barro: primeiro portal, no Centro Cultural Penedo da Saudade do Instituto Politécnico de Coimbra, com obras da coletiva performática “sem nome sem tempo sem lugar”.
Um ato performático, de nome “transgressão”, marcará o início da mostra a partir das 18 horas e poderá ser assistido exclusivamente online.
A exposição, patente até ao dia 10 de outubro, é composta de peças de cerâmica, esculturas de luz, videoarte, intervenções sonoras e performances sobre os símbolos femininos. Resultado das pesquisas transdisciplinares de três artistas, as obras reivindicam um lugar para o feminino na linguagem e nas categorias de pensamento. Além da performance no dia da abertura, outros dois atos estão agendados ao longo do período da exposição: um no dia 21 de setembro, dia de lua cheia, intitulado “desconstrução”; e outro no dia do encerramento, a 10 de outubro, designado “sublimação”.
“Quer a instalação quer as performances resultam da reflexão e do trabalho criativo do coletivo, composto por três mulheres artistas – uma performer (Marissel Marques), uma ceramista (Juliana Marcondes) e uma matemática (Conceição Marques) – cujas formações e labores se complementam na trilha que vão percorrendo”, refere Cristina Faria, diretora do Centro Cultural Penedo da Saudade.
De acordo com a ceramista Juliana Leitão Marcondes, “a complementaridade é nossa palavra-chave. Nós divulgamos uma visão global do ser humano, na qual as barreiras de género se dissolvem e a unidade se reverte para um enriquecimento do interior do ser Símbolo de Memória Joana Alves – joanaalves@simbolodememoria.com humano. Esse é o nosso compromisso social, artístico, cultural, pedagógico e sagrado”.
“O estudo que deu origem às obras partiu das idiossincrasias de cada integrante da coletiva, das sensações e dos incômodos de ser mulher-fêmea no universo machista que respiramos e sobrevivemos todos os dias”, explica Marissel Marques.
O Centro Cultural Penedo da Saudade, um espaço de promoção e divulgação cultural e artística ao serviço da comunidade interna e da sociedade em geral, “abre as suas portas para a apresentação ao público desta instalação, que o grupo criativo complementa com três performances transmitidas em direto na página do Centro Cultural Penedo da Saudade, sobre a temática do Ser, ente efémero confrontado permanentemente com a dicotomia feminino-masculino”, explica Cristina Faria.