Idanha-a-Nova está a superar as melhores projeções da população e economia até 2030, apresentadas pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR Centro).
Os números foram divulgados este mês, durante o processo de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Idanha-a-Nova, numa reunião preparatória com a CCDRC, para apreciação do Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território (REOT) e da proposta para a composição da Comissão Consultiva (constituída por 29 entidades), órgão que tem como missão assegurar o regular acompanhamento dos trabalhos.
A análise ao relatório referido, que visa efetuar o balanço das alterações ocorridas no município, levou a CCDRC a congratular a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, na pessoa do seu presidente, Armindo Jacinto, por estar a contrariar, de forma muito positiva, as projeções provisórias de população para o concelho no período 2020-2030, apresentadas por esta mesma entidade.
Mesmo as previsões mais otimistas apontavam para apenas um ligeiro aumento do saldo migratório até 2030. Todavia, em 2021 (dados mais recentes), contrariamente ao estimado, o concelho de Idanha-a-Nova reforçou substantivamente, não só a sua capacidade de reter a sua população, como também de atrair população, ultrapassando consideravelmente o cálculo dos estudos.
De facto, não sendo suficientemente elevado para compensar os saldos naturais negativos, algo que nem o país na sua globalidade consegue, o saldo migratório (diferença entre o número de pessoas que imigram e as que emigram), tornou-se positivo desde 2019, após décadas de historial negativo. Não obstante tratarem-se de anos profundamente marcados por restrições à mobilidade, o saldo migratório passou a assumir valores positivos, registando o mesmo em 2021.
Neste contexto, os dados provisionais dos Censos de 2021 colocam o concelho de Idanha-a-Nova na liderança, no plano da sub-região da Beira Baixa, no contributo do saldo migratório para a variação populacional concelhia (25,10%).
Os valores apurados reforçam a convicção de que as migrações constituirão uma pedra basilar do futuro concelhio e são sugestivos da importância cabal da implementação de programas migratórios consistentes, que assentem na mobilização de oportunidades de retenção e captação.