Quando se aproxima setembro, juntamente com a compra do novo e colorido material escolar, nas cabeças dos pais surge a expetativa de que – Este ano é que vai ser! – onde visionam os seus filhos com um comportamento exemplar e a atingir resultados brilhantes.
Como se fossem as notas a garantir a felicidade e o sucesso na vida, será?
A pressão que muitos pais exercem sobre os filhos para alcançar o sucesso é um tema cada vez mais debatido. Num mundo onde os desempenhos académicos e atléticos se tornaram sinónimos de sucesso, é comum ver pais que, com boas intenções, acabam por criar um ambiente de pressão excessiva. Não seria mais interessante pensar no que realmente importa: as paixões que descobrimos e as relações que construímos?
Imagine o seu filho a entrar na sala de aula e a perguntar: “Para que serve isto?” Se a resposta for apenas “para passar de ano”, talvez seja hora de mudar o foco. A educação deve ser uma aventura onde buscamos aquilo que nos faz vibrar! Quando encontramos algo que realmente amamos, a matéria torna-se mais leve e divertida. Pense em quantas vezes já ficou horas a fio a aprender sobre um tema que o fascinava. Foi só com notas boas que se sentiu realizado? Ou foi o brilho nos olhos ao descobrir algo novo que realmente fez a diferença?
Os guias nesta jornada são aqueles professores que nos inspiram e que não debitam apenas a matéria, são aqueles que nos fazem sentir vistos e ouvidos. Lembrem-se daquele professor que sempre tinha uma palavra de encorajamento ou que sabia quando estávamos a precisar de um empurrãozinho? Esses educadores são verdadeiros tesouros! Eles ajudam-nos a perceber que a educação é muito mais do que um currículo.
E que tal falarmos sobre a importância de estarmos juntos? Numa escola, é fundamental sentir-se aceite. Imagine um espaço onde possa ser você mesmo, sem medo de ser julgado. Quando todos se sentem incluídos, o ambiente torna-se mais acolhedor e divertido. Você já se sentiu excluído em algum momento? E como isso afetou a sua experiência escolar? Quando as escolas promovem a inclusão, todos beneficiam. É assim que se constrói uma comunidade forte!
A empatia é outro ingrediente essencial nesta receita. Já parou para pensar no impacto que as suas palavras podem ter? Às vezes, um simples elogio pode mudar o dia de alguém. Em vez de gozar ou criticar, que tal usar palavras que elevam. Quando nos esforçamos para ser mais gentis e compreensivos, criamos um ambiente onde todos se sentem mais à vontade para aprender e crescer.
No final das contas, ser autêntico é o que realmente importa. No mundo onde muitos tentam encaixar-se em padrões, ter a coragem de ser você mesmo é uma qualidade rara. Lembre-se: “Vale a pena ser você mesmo, todos os outros já estão ocupados.” Então, neste ano letivo, que possamos concentrar-nos em explorar as nossas paixões, construir relações significativas e criar um espaço onde todos se sintam valorizados.
Vamos fazer deste ano um ano de descobertas e conexões genuínas! A educação é mais do que notas, é sobre crescer juntos, aprender a ser empáticos e, acima de tudo, descobrir as nossas verdadeiras paixões.
Bom ano letivo!
TEXTO:
Anna Kosmider Leal
Antropóloga