A Câmara de Lamego vai atribuir a Medalha de Ouro da Cidade ao Museu de Lamego, em cerimónia a realizar no próximo dia 5 de abril, pelas 18h30, no salão nobre do museu.
Fundado num edifício, do século XVIII, que foi palácio episcopal, o Museu de Lamego será distinguido tendo em conta que a sua existência “configura mais de um século ao serviço da Cultura” e “contribui para o engrandecimento e dignificação do Município de Lamego”.
A cerimónia de Outorga da Medalha de Ouro decorre no mesmo dia em que o Museu de Lamego assinala a sua reabertura ao público e, simultaneamente, a passagem do 104.º aniversário sobre a sua fundação, ocorrida a 5 de abril de 1917. Neste dia, o Museu propõe um programa que “privilegia o convite à participação dos visitantes e seguidores através das redes sociais, em atividades que habitualmente se desenrolam nos bastidores, de acesso restrito”, adianta a comunicado.
Devido ao contexto da atual pandemia, a participação na cerimónia de outorga da Medalha de Ouro será de acesso reservado. O público poderá acompanhar em direto, através do Facebook do Município de Lamego e do Museu de Lamego.
“Não sendo o contexto favorável à realização de grandes eventos com público, o museu propõe, ao longo do dia, um programa que privilegia o convite à participação dos visitantes e seguidores das redes sociais, em atividades que habitualmente se desenrolam nos bastidores do museu, de acesso reservado”, refere ainda o museu.
Nesse dia, que se “pretende que seja de celebração e partilha, propomos a participação, pela manhã, no ato de entrega de um importante fragmento arquitetónico – um lintel epigrafado, do século XVII, proveniente do desaparecido Mosteiro das Chagas, de Lamego – realizada no âmbito de protocolo de depósito de bens, celebrado com a Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios, e que conta com o apoio do Município de Lamego e Junta da Freguesia da Sé e Almacave, imprescindível devido à complexidade dos meios envolvidos na operação de deslocação da peça, desde o jardim do Santuário dos Remédios até ao museu”.
Fazendo parte do pórtico em granito que encerrava a capela do Desterro, ereta no claustro do mosteiro, conforme a inscrição, o fragmento vem juntar-se ao numeroso conjunto de bens que o museu conserva com a mesma proveniência, com natural destaque para as capelas em talha dourada, entre peças de paramentaria, ourivesaria, escultura e arquitetura.