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O Presidente da República recebeu o primeiro-ministro António Costa, esta tarde, que o informou acerca da situação vivida com a greve dos camionistas.
Segundo adianta a página oficial da Presidência da República, em cima da mesa estiveram os “termos da garantia da distribuição de bens, definidos como mínimos, indispensáveis à satisfação das necessidades dos Portugueses, assim como da posição do Governo perante várias perspetivas de evolução”.
Antes de ir para férias, Marcelo Rebelo de Sousa, recorda a “importância de, em todas as circunstâncias, serem salvaguardados os valores e princípios do Estado de Direito Democrático e, neles, os direitos fundamentais, a segurança e a normalidade constitucional”.
Sublinha ainda a “responsabilidade de todos os envolvidos neste conflito entre entidades privadas, na procura de soluções justas, sem sacrificar, de modo desproporcionado, os portugueses”.
Depois da reunião, aos jornalistas, António Costa explicou que, “ao contrário do que aconteceu durante a manhã”, ao início da tarde, a partir das 14h30, começou a ser registado o incumprimento de serviços mínimos e que, por esse motivo, já há militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) e agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) a substituir os motoristas grevistas para garantir o abastecimento de locais prioritários, como o aeroporto de Lisboa.
“Essa medida foi tomada de forma a garantir que as zonas mais afetadas pelo incumprimento, como a zona sul e o aeroporto, não fiquem em situação de falta de abastecimento”, explicou. O aeroporto em causa é o de Lisboa, onde o “número cargas que foi feito está aquém do número previsto”.
Face à situação, o Governo vai decidir ao final da tarde, em Conselho de Ministros eletrónico, se avança com a requisição civil, informou ainda Costa.