A Quercus e a ASE – Amigos da Serra da Estrela denunciam a destruição de um carvalhal numa encosta do rio Seia, próximo de Sameice, no concelho de Seia.
Esta destruição é, segundo aquelas entidades, “uma conversão de mais uma relíquia da nossa floresta natural”.
No seguimento do alerta para uma intervenção no rio Seia, a ASE – Amigos da Serra da Estrela -Associação Cultural detetou o corte raso de uma vasta área de carvalhal alvarinho e negral com cerca de 10 hectares.
“Os carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica, (habitat natural 9230 da Diretiva Habitats), são ameaçados pelo corte raso frequentemente para lenha, apesar da madeira ter qualidade para fins mais nobres, que poderá ser valorizada”, adiantam aquelas entidade.
No terreno onde foi detetada esta situação “encontra-se o empreiteiro Fonseca Ferreira – Aluguer de Máquinas Agrícolas Compra e Venda de Madeiras, Lda, a cortar todos os carvalhos existentes, muitos de grande porte, e destruindo uma floresta relíquia com interesse ecológico que deveria ser conservada”, deuncia a Quercus e ASE.
Esta zona do rio Seia está “fora de uma área protegida ou classificada, contudo, a mesma integra o corredor ecológico regional, pelo que foi alertado o Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR e o Município de Seia para uma atuação no âmbito das suas competências”.
A Quercus promoveu, no ano passado, uma “petição para a proteção dos carvalhais, todavia, a Reforma das Florestas do atual Governo não criou uma regulamentação específica para conservar a nossa floresta”.