A estrutura técnica da Comunidade Intemunicipal (CIM) Região de Coimbra teve uma reunião de trabalho com uma equipa da Direção-Geral da Política Florestal da Junta da Extremadura (Espanha), chefia pelo diretor José Luis del Pozo Barrón, para estruturar um projeto denominado “MANAGE2PROTECT, que vai ser candidato ao programa INTERREG SUDOE.
“Este projeto terá como objetivo desenvolver ações-piloto inovadoras na gestão do uso do solo, onde se pretende conciliar as boas práticas florestais e agrícolas, aplicando a circularidade de várias culturas”, adianta em comunicado a CIM Região de Coimbra.
“Pretende-se criar um modelo capaz de proteger o território de diversas ameaças, como incêndios florestais, degradação e erosão do solo, garantido a sua rentabilidade, gerando emprego, promovendo a economia, por forma a gerar uma maior fixação de população em territórios de baixa densidade”, refere ainda a CIM. Vão ser utilizadas espécies autóctones, originárias da região, como por exemplo carvalhos e sobreiros, assim como uma exploração de medronho e vinha (e seu aproveitamento), tudo conciliado com atividades da pastorícia de caprinos.
Toda esta produção será de carácter biológico, com enfoque na Economia Circular, e pretende dar resposta a ameaças identificadas no território da CIM Região de Coimbra, como o despovoamento do interior e o efeito das alterações climáticas no aumento do risco e intensidade dos incêndios.
Este tipo de gestão agrícola-florestal, que se pretende venha a ser replicado noutros territórios, contribuirá para o aumento da rentabilidade do uso do solo e funcionará como defesa à propagação de incêndios.
Este projeto-piloto, que será implementado na Pampilhosa da Serra, conta ainda com outras entidades parceiras portuguesas, espanholas e francesas, como o Instituto Politécnico de Coimbra, a Universidade de Poitiers (França) e a Associação Empresarial e de Serviços da Pampilhosa da Serra.