O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deu cumprimento, na madrugada de sexta feira, a vários mandados de busca domiciliários e a um estabelecimento de diversão noturna, na zona de Santarém, no âmbito de um processo criminal onde se investiga a prática do crime de lenocínio.
No decorrer da operação ‘Matertera’, que contou com a participação de cerca de três dezenas de inspetores do SEF, foi “constituída arguida a proprietária da casa de alterne, uma cidadã nacional”, adianta hoje em nota o SEF..
A investigação iniciou-se em 2019 por “fortes suspeitas de tráfico de pessoas para exploração sexual. Contudo, o período pandémico veio impossibilitar que a referida operação se concretizasse mais cedo, apesar de a atividade ali mantida ter continuado a realizar-se à porta fechada, em incumprimento das medidas legisladas de combate à pandemia”.
Durante o período em que decorreu a investigação foram “referenciadas várias situações que vieram a indiciar a prática dos crimes de lenocínio e, também, de branqueamento de capitais”.
Acrescentando que “esta atividade criminosa possibilitou, ao longo de dezenas de anos, que a agora arguida auferisse avultados lucros indevidos com a exploração sexual de mulheres estrangeiras, cuja atividade de cariz sexual indicia ocorrências de tráfico de pessoas”.
Foram realizadas “diligências de recolha de prova testemunhal a todas as cidadãs estrangeiras identificadas no decurso da operação, cerca de 50, encontrando-se metade em situação irregular em território nacional”, diz ainda do SEF.
Da operação resultou a apreensão de “variadíssima documentação, que corrobora as suspeitas inicias, e a apreensão de mais de 60 mil euros, provenientes desta mesma exploração sexual”.
O processo encontra-se em segredo de justiça.