As três bandas filarmónicas do concelho de Penacova decidiram fazer um apelo à Câmara Municipal no sentido de as ajudar a ultrapassar a profunda crise financeira provocada pela pandemia.
Em carta dirigida ao vereador do pelouro da cultura, João Azadinho, as filarmónicas da Casa do Povo de Penacova, Casa do Povo de São Pedro de Alva e Boa Vontade Lorvanense sublinham o momento de fragilidade atual, por causa do longo período de inatividade – “todos os serviços agendados para este ano foram cancelados e, por consequência, o encaixe financeiro foi nulo!”.
As três bandas argumentam que essa verba é vital para o seu funcionamento – “suporta os honorários do maestro, professores do ensino musical, “cachets” de músicos, reparação de instrumentos, fardamentos, logística e outras despesas inerentes ao funcionamento das instalações.”
“O município de Penacova atribui anualmente a cada banda, um apoio de mil e quinhentos euros, além de comparticipar a aquisição de instrumentos e apoiar o ensino da música”, frisam. As três filarmónicas sustentam que esse valor já é, por si, insuficiente, e pedem um apoio extraordinário – “antes do quadro da pandemia já era insuficiente. A título de exemplo, a verba suporta apenas alguns meses de honorários do maestro.”
Com as festas e romarias canceladas, as filarmónicas, “de uma forma geral, e as do concelho de Penacova, em particular, vivem uma fase difícil”. A atividade foi retomada, mas apenas ao nível dos ensaios. Por isso, “com o quadro atual de perda de receitas, as dificuldades de funcionamento estão a agravar-se.”
A posição conjunta, das três filarmónicas, é expressa na carta enviada ao pelouro da cultura, da Câmara de Penacova, e assinada pelos três presidentes das associações: Alvaro Coimbra (Casa do Povo de Penacova), João Pedro Correia (presidente da seção/Casa do Povo de São Pedro de Alva) e Mauro Carpinteiro (Boa Vontade Lorvanense).