Os militares da GNR estão descontes com as declarações de Carlos Barbosa, e presidente do ACP, entidade que organiza o Rali de Portugal, que coloca em causa a realização da prova, no próximo ano, devido aos valores pagos aos guardas.
“As declarações do presidente da ACP são vergonhosas, irresponsáveis e, é no mínimo exigível que se retrate. É que, para além dos milhões que gere e que a ACP certamente encaixa, isso só é possível graças ao excelente desempenho dos profissionais da GNR, que não estão disponíveis para trabalhar de graça! Note-se que os profissionais da GNR realizam este serviço após o serviço ordinário, fazendo quase sempre 24 horas de serviço, sem descanso e em condições precárias”, refere em comunicado a Associação de Profissionais da Guarda.
“Desafiamos Carlos Barbosa a indicar qual é o país da Europa que não paga os serviços prestados fora do horário normal de serviço às suas forças de segurança”, sublinhou também a associação.
APG/GNR frisou, ainda, que “Carlos Barbosa não é de boas contas”, recordando que “não foram poucas as vezes em que os profissionais da GNR foram pagos tarde e más horas”.
“Isso é recorrente, com atrasos de cerca de um ano, contrariando-se o que está legislado a este respeito. Ao invés de vir a público fazer figura de pobre vítima, quer dos impostos, quer dos valores pagos aos profissionais GNR, Carlos Barbosa poderia experimentar começar por cumprir a Lei e pagar atempadamente os valores devidos pelos serviços que requisitou”, conclui a associação.
Em declarações exclusivas à CentroTV, anteontem, antes da partida oficial em Coimbra, Carlos Barbosa disse que a GNR “custa-nos uma fortuna e não sabemos se continuamos a pagar essa fortuna, porque é muito dinheiro para o rali, mas de qualquer, maneira está tudo preparado em termos de segurança”.
Ontem o presidente do ACP disse que só para a GNR o ACP tem que pagar 700 mil euros.