As obras de desassoreamento do Mondego em Coimbra estão a depositar os inertes a jusante, provocando o aterro do leito do rio, com “grandes impactos ambientais e sociais que não foram acautelados”, acusa a associação ambientalista Quercus em comunicado.
O projeto previa dragar o rio Mondego, com três localizações possíveis para a deposição temporária dos inertes dragados em cerca de 50 hectares, junto da cidade de Coimbra. “No entanto, também previa que os inertes excedentários fossem depositados no leito do rio a jusante do açude-ponte, apesar de existirem estudos que referem que este troço do Mondego está também assoreado. Deste modo, a decisão da APA – Agencia Portuguesa do Ambiente – de permitir a deposição dos inertes no leito do rio no baixo Mondego foi incompreensível”, frisa ainda a Quercus.
Os impactes sobre a fauna fluvial e “nomeadamente sobre os peixes migradores, de que são exemplo o sável, a lampreia-marinha ou a enguia-europeia, não foram devidamente acautelados”, refere a associação.
“O gigantesco aterro que está a ser efetuado no rio Mondego, vai provocar graves problemas em termos de retorno das cheias e assoreamento do rio, com prejuízos para todo o vale do Mondego a jusante de Coimbra, nomeadamente para a produção agrícola e nas localidades ribeirinhas, que são zonas já por si têm bastantes riscos ao nível das cheias”, salienta a Quercus.
A Câmara de Coimbra refuta as acusações e reitera a necessidade de desassorear o rio Mondego para evitar as cheias, após a Quercus ter questionado aquela operação.
A Câmara Municipal de Coimbra está a “executar o desassoreamento do rio Mondego, uma obra importante para a cidade, para evitar episódios de cheias como as de 2016, num investimento superior a quatro milhões de euros, comparticipado por fundos comunitários, através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos – POSEUR”, revela o município, em comunidade.
Cumprimentos a todos ;
Eu não compartilho da mesma opinião da Quercus tanto quanto sei e que vi a areia que foi tirar de montante para jusante foi um trabalho bem feito e acompanhado de engenheiros de qualidade. Não sei se sabem que haviam poços a jusante de muita profundidade que um grande perigo e foram tapados com essa areia, ao qual que não implica nada com o que que passou com esta intempérie. Agora dizendo bem se o trabalho foi feito bem para mim eu digo que não e a razão é que deveria ser mais a montante para fazer o esquentamento do Rio Ceira que junto á Portela se pode ver que o rio tem só areia. Sobre os diques não me renuncio mas pelo que vejo será falta de manutenção e de fiscalização de trabalhos assim como outros. Reparem que o desnível entre Coimbra e F. Da Foz é de 14m o que não é nada numa distancia de 30Km. Façam contas e apliquem a regra 3 simples e outras . Cumprimentos a todos mas com a força da natureza ninguém brinca . Eu sou do tempo que ia para casa da minha avó de barco na rua da Moeda.Agora que está muita coisa mal sim está. Mas melhorou-se muita coisa até que não haja um problema na barragem ( Agueirra ) vai a baixa de Coimbra toda á vida e não só.
Claro… O Professor Alfeu Sá diz que o desnível do Mondego é muito pouco acentuado… A Quercus faz uma previsão e acerta na mouche… Mas o JCF é que sabe porque viu as obras! XD