Erradamente tem-se vindo a criar, por parte das comunidades locais, um sentimento de alguma “animosidade” para com o Turismo e seus agentes, atividade que é fundamental para a nossa economia, e para o bem-estar de todos nós.
A AHRESP está ciente, e não escamoteia, o “peso” e o impacto que o Turismo tem em certos destinos, e por isso entende que ele deve ser cada vez mais responsável, mais sustentável, mas, acima de tudo, regenerativo, beneficiando, objetivamente, o território e seus residentes, contribuindo, com as suas receitas, para uma melhoria contínua das comunidades.
Cada vez mais assistimos ao aumentar do número de municípios que optam por criar uma taxa turística, sobre a qual a AHRESP, desde o início, manifestou a sua oposição, porque encontra evidências que estas trazem mais custos do que benefícios para a economia local.
Apesar deste nosso posicionamento, esta é uma realidade cada vez mais incontornável e presente no nosso país, bem como transversal a muitos dos destinos nossos concorrentes e, por isso, para que tenhamos um Turismo responsável, sustentável e regenerativo, defendemos um modelo de gestão da taxa que inclua os representantes dos agentes económicos, com poder de decisão quanto ao investimento das receitas, privilegiando-se a melhoria geral da qualidade de vida dos residentes.
Neste sentido, a AHRESP defende que a existir uma taxa, ela deva ser aplicada não só em investimentos que melhorem a atratividade turística do destino, mas também em projetos que beneficiem a população local, seguindo uma tendência de Turismo regenerativo, através de investimentos por exemplo na iluminação pública, na limpeza urbana, nos transportes, ou na segurança pública, contribuindo efetivamente para o bem-estar da comunidade local e também de quem nos visita.
O Turismo, como nenhuma outra atividade, tem um enorme potencial para ser uma força positiva de transformação das comunidades. Não o desperdicemos.
TEXTO:
AHRESP